“... Assim, o sacerdote
oferecerá o sacrifício para conseguir o perdão de pecados, e a pessoa será
perdoada.” (V. 31 – C)
Vemos a preocupação de Deus através do
autor bíblico com as diversas esferas do pecado. O pecado da liderança
religiosa (sacerdote), o pecado coletivo (toda a congregação), o pecado de um
líder do povo e, agora, o pecado individual. Em qualquer uma dessa esferas o
pecado é hediondo para Deus e deve também ser para as pessoas envolvidas. Por
isso, a busca do perdão do Senhor precisa ser contínua. Desde o pecado de Adão,
todas as esferas do relacionamento humano sofrem os efeitos do pecado.
Logicamente que isso começa no coração de cada indivíduo.
Ao ressaltar a necessidade do perdão
individual Deus também dá a devida importância à busca pessoal de se acertar
com Ele. O pecado que começa em um só indivíduo acaba por afetar todas as
esferas de relacionamento e de estrutura social e religiosa de uma sociedade.
Se cada pessoa buscasse efetivamente andar de acordo com os preceitos divinos,
o avanço do mal no mundo seria barrado com mais eficácia, tornando a sociedade
mais justa e igualitária.
O resgate que Jesus faz do homem através
da cruz não somente é capaz de transformar e levar um indivíduo para o céu,
mais também de mudar uma sociedade. A mudança que começaria em cada um pode
alcançar o todo. A pregação revolucionária da cruz é tão necessária e atual no
presente como em qualquer outra época na história do mundo. –
“ V. 22Se um homem que ocupa uma posição
de autoridade quebrar, sem querer, uma das leis de Deus e for culpado de fazer aquilo que o Senhor, nosso Deus, mandou que não se fizesse...”
Vivemos num tempo em que alguns pelo seu
carisma tem arrebatado multidões e se tornado verdadeiros “gurus” evangélicos.
Se posicionam de forma tal que muitos os consideram como sendo pessoas
especiais, “ungidas por Deus”, intocáveis e até impecáveis. O texto não começa
usando a conjunção condicional “se”, mas o advérbio “quando”. Isso significa
que esse líder ou autoridade religiosa vai pecar. É só uma questão de tempo. Infelizmente
essa é a luta de todos.
O sacrifício apresentado neste texto é para
aqueles pecados “por ignorância”, ou seja, pecados cometidos por fraqueza ou
descuido, que não foram premeditados. É importante ressaltar o pecado de um
líder por causa de dois aspectos: em primeiro lugar, para que ele mesmo não se
considere acima do que é devido, achando-se “especial” para Deus e permita que
o seu coração seja tomado pelo orgulho; em segundo lugar para que ninguém
coloque expectativas demasiadamente elevadas sobre um líder, sem enxergar a sua
fragilidade e luta contra o pecado, como todos os homens.
Mas Deus providenciou o meio para que
esse líder fosse perdoado e se reconciliasse com Ele. Esse sacrifício lembra ao
líder a sua natureza e a necessidade de contínua vigilância, bem como da busca
constante do perdão de Deus. Também serve para ajudar os liderados nas suas
dificuldades ao ver através da postura do líder, que eles também podem ter um
relacionamento com Deus buscando antes de tudo o Seu perdão.
Ouça a canção de clamor e consagração pessoal, se não abrir, copie e cole no seu navegador
(Administrador e Editor Isidro Neto;
Imagem fonte https://cleofas.com.br/por-que-foi-necessario-o-sacrificio-de-cristo//;
texto bíblico da ttps://www.bible.com/pt/bible/211/LEV.4.NTLH; Vídeo
youtube)
domingo, 21 de fevereiro de 2021
O PECADO DA COLETIVIDADE
Por
Pr. Willes J. Silva
Leia Levítico 4.13-21
“13Pode acontecer que o povo todo, sem querer, quebre uma das leis de Deus, o Senhor, fazendo o que é proibido...”
Este texto trata de um tipo de pecado
que é muito pouco abordado, o pecado de uma congregação. Via de regra,
mencionamos sempre os pecados pessoais e a obra do Senhor na cruz para solução
desse mal. Mas pouco pensamos que existem pecados coletivos e que para eles
também a graça de Cristo é necessária.
Por certo como as Escrituras ensinam,
cada um dará conta de si mesmo a Deus. Porém, existem situações em que a
congregação peca, mesmo sem a intenção deliberada de cometê-lo. Isso pode
acontecer por exemplo quando não é oferecido a Deus um culto condizente com o
seu caráter santo ou quando decisões são tomadas sem a devida consulta a Ele.
Com isso, todo um povo pode errar e transgredir a vontade divina.
Em seu infinito amor, Deus proveu os
meios para que também esse tipo de pecado alcançasse perdão. Aliás, Cristo
verteu o seu sangue pela igreja (Ef 5.25) para “apresentar a si mesmo como
igreja gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem
defeito” (Ef. 5.27). É possível toda uma congregação errar? É sim. Mas na graça
de Cristo encontramos o perdão e o caminho para o retorno à sua vontade.
“1Quando um homem apresentar a Deus, o Senhor, uma oferta de
paz, se o animal for tirado do gado,
poderá ser um touro ou uma vaca, mas
precisará ser sem defeito”
Dentre as expressões cúlticas do povo
de Deus no Antigo Testamento e no início do Novo Testamento, estava o
sacrifício pacífico. Ele celebrava a comunhão com Deus e também com os
homens.
É importante ressaltar que a nossa
comunhão com Deus e com as pessoas que fazem parte da mesma comunidade de fé é
uma forma de adoração. A possibilidade da comunhão com Deus foi
providenciada por Ele mesmo através do holocausto tratado no capítulo 1.
Através dele, o povo podia aproximar-se de um Deus santo e ter comunhão com
ele.
Mas também é uma importante
manifestação de adoração a Deus a comunhão do seu povo. O oferecimento do
sacrifício pacífico também cumpria a função didática de lembrar a necessidade
de se ter paz. Uma congregação em que haja discussões, brigas, cada um
procurando o que acha que é seu, não agrada a Deus. Jesus reafirmou isso no
sermão do monte ao dizer: “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão
chamados filhos de Deus”. Essa é uma distinta identificação de um filho de
Deus. – Pr. Willes J. Silva
https://www.youtube.com/watch?v=p2OTNCEiLIQ
ouça essa canção inspiradora, caso não abra, copie e cole o link acima em seu navegador
(Administrador e Editor Pr. Isidro Neto;
Imagem fonte https://portalgerais.com/paz-o-caminho-para-um-mundo-melhor/;
texto bíblico da https://www.bible.com/pt/bible/211/LEV.3.NTLH; Vídeo
youtube)
“...a
oferta toda é dada a Deus. É uma oferta de alimento que tem um cheiro agradável
ao Senhor. O
resto da oferta de cereais é dos sacerdotes, que são descendentes de Arão; é a
parte mais sagrada, pois foi tirada da oferta dada a Deus, o Senhor.” (Lev. 2:9,10)
Através das leis dadas por Deus a
Moisés, de forma didática sempre ensinava algo sobre si e sobre Jesus.
Com a oferta de alimentos (manjares)
o povo se lembrava constantemente quem era o seu Sustentador; Quem provia o
alimento para que suas necessidades básicas fossem satisfeitas. O caráter
provedor de Deus era ressaltado e lembrado. Pela Sua graça Ele não havia
providenciado somente o perdão dos pecados através do sacrifício de
sangue(expiação), mas também o necessário para o atendimento das necessidades
vitais do seu povo. Deus se importava com o todo do ser humano, seus aspectos
físicos e espirituais.
Esse sacrifício que não envolvia
sangue também prefigurava a vida de Cristo. Uma vida perfeita em retidão e
justiça. Ele não precisava de sacrifício com sangue para expiação dos seus
pecados, porque não tinha pecado. Em Cristo temos tudo o que precisamos, a
graça do perdão dos pecados, mas também a graça para permanecermos firmes na
busca constante de um viver em santidade e glória ao Seu nome.
https://www.youtube.com/watch?v=rNBedSCKwVc
Ouça o vídeo, sinta esse cuidado provedor do Pai para o seu coração!
(Administrador e Editor Isidro Neto;
Imagem fonte dpgaliza.com; texto bíblico da https://www.bible.com/pt/bible/211/LEV.2.NTLH;
Vídeo youtube)
“É
uma oferta de alimento que
tem um cheiro agradável ao Senhor”
De fato eu poderia escrever adoração
é compromisso. Não há como vivenciar uma adoração legítima sem que seja feita
com a inteireza do adorador. Muitos há que confundem alguns momentos em que são
tomados por emoções fortes devida a uma música ou a uma vibrante pregação com
adoração. Essas sensações podem ser sentidas até por aqueles que não possuem qualquer
vínculo ou compromisso com o Criador.
Este texto usa duas figuras de
linguagem para representar a propagação rápida do pecado, o fermento e o mel
(que não era o mel de abelha, mas sim obtido através do suco de uva). Devido à
propriedade de fermentação de ambos, eles ilustravam a preocupação de Deus em
ensinar que a busca constante pela santidade deve fazer parte de um coração
adorador.
O sal da aliança que deveria temperar
a oferta de alimento (manjares), representava a preservação através da
observação dos preceitos divinos. Aquele que não assume um compromisso com Deus
manifesta continuamente a sua desobediência e rebeldia. Com isso, esse
sacrifício traria à memória do ofertante a aliança feita com o Senhor. Por sua
parte, ele obedeceria aos preceitos divinos e, em contrapartida, Deus o
abençoaria. – Pr. Willes J. Silva