“Então contendeu o povo com Moisés, e disse:
Dá-nos água para beber. E Moisés lhes disse: Por que contendeis comigo? Por que
tentais ao Senhor?” Êxodo 17:2
Releia
Êxodo 17.1 a 7: Esta passagem da história hebraica ocorrida no deserto de
Refidim revela como um crente pode
tentar a Deus e como Ele legitima a autoridade dos seus líderes.
No deserto de Refidim, a atual Uádi
Refayid, o povo hebreu pode aprender duras lições sobre a caminhada da fé. Nos
dias atuais há uma compreensão e assentimento generalizado sobre a importância
de não tentar ao Senhor (Dt 6.16 e Mt 4.7). Mas o que vem a ser isso? Como
alguém pode tentar a Deus? Reagindo contra Moisés por tê-los levado a um lugar
sem água, o povo estava a ponto de apedrejá-lo. Mas o que não queriam admitir é
que na realidade quem os havia conduzido até este local fora o próprio Deus (v.
1).
Não podemos nos esquecer da coluna de nuvem que conduzia o povo durante o
dia e a coluna de fogo que fazia o mesmo durante a noite. Então fica evidente
que a sua murmuração voltada contra Moisés na realidade estava sendo dirigida
contra o Senhor.
A tentação a Deus consistiu no fato de que simplesmente não
conseguiam (ou não queriam) enxergar o cuidado de Deus sobre eles em todo o
tempo. Se fôssemos enumerar aqui tudo o que o Senhor já tinha realizado em prol
doa hebreus gastaríamos um bom tempo. Porém a resposta emocional do povo afasta
qualquer argumento que a razão possa apresentar. Não fazia muito tempo que
haviam se alimentado de carne “até sair pelo nariz” em pleno deserto. Todas as
manhãs saiam pelas pradarias para colher o maná que vinha dos céus. Mas mesmo
assim continuavam a reclamar. Essa não é uma característica exclusiva deles. De
fato, eles somente representam a todos nós, expondo aquilo que se passa em
nossos corações. Nos primeiros sinais de privação, logo nos esquecemos do
cuidado constante de Deus e nos inclinamos para a murmuração. Precisamos seguir
o exemplo de Moisés. Ao invés de replicar a ameaça do povo com murmuração, ele
buscou ao Senhor. Moisés falou com Deus o que estava acontecendo. Isso não é
murmuração é lamentação. O que diferencia uma coisa da outra é a quem as
palavras são dirigidas. Na lamentação colocamos a situação diante do Senhor,
que realmente tem o poder de solucionar as questões, e clamamos pelo seu
auxílio divino. Isto é fé.
Neste processo de murmuração ocorreu
também um questionamento da autoridade de Moisés. Aliás, no contexto da murmuração
sempre é colocado em dúvida se o líder realmente é qualificado ou está
conduzindo o seu povo para o lugar certo. Interessante perceber que Moisés,
mesmo correndo o risco de ser apedrejado, não se propôs a discutir e defender
sua autoridade, mas se colocou em oração diante do Senhor. Deus é quem faria a
sua defesa. Deus fez isso garantindo-lhe a sua presença: “passa adiante...
estarei ali diante de ti” (v. 5,6). A presença do Senhor e a sua manifestação
através da vida do líder são razões mais do que suficientes para reafirmar a
sua posição de liderança.
Medite nisso!!
UM
DIA ABENÇOADO A TODOS!!
Editor: Pr. Isidro Neto; Imagem da internet e Video do youtube
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