Série:
Um alerta sobre a abordagem do comportamento humano pela psiquiatria moderna.
(Parte 3)
Por
Natércia Lemos
(Mestra em aconselhamento Pela Universidade
Presbiteriana Mackenzie)
Outra
possibilidade para explicar o comportamento desagradável, é que ele pode vir
diretamente da herança genética. Para a psiquiatria, neste caso não há o que
fazer. Aquilo que não pode ser mudado, deve ser tolerado. Mas até que ponto? O
que esse fatalismo vai gerar? Aceita-se simplesmente este destino porque está
na herança genética?
Os tempos atuais clamam pela
tolerância. Basta acompanhar os noticiários e constatar quantas vezes a polícia
prende um criminoso de atos bárbaros que simplesmente é encaminhado para uma
avaliação psicológica. Outro exemplo alarmante é a catalogação, presente no
índice de conteúdo do DSM 5[1],
que incluiu como distúrbio de parafilia[1],
a pedofilia.
Hoje, nos Estados Unidos já
existe uma organização que defende os direitos do pedófilo – NAMBLA[1],
cujo lema é “sex by eight, before it is
too late” (sexo até aos oito anos, depois é muito tarde). Se alguém
recorrer na justiça contra um pedófilo, este poderá, através de um diagnóstico
médico, provar que não tem culpa de seus atos e ser, no máximo, encaminhado
para tratamento numa clínica psiquiátrica.
É claro que existem
problemas orgânicos (fisiológicos), que podem refletir na dimensão psicossocial
e até deixar as pessoas mais susceptíveis ao pecado. Por exemplo, problemas
hormonais, da tireoide, menopausa, etc. Também existem doenças cerebrais que de
fato alteram o comportamento, como Alzheimer, Parkinson, demências, autismo,
etc. Entretanto, nenhuma doença, distúrbio hormonal ou problema genético, pode
induzir uma pessoa a pecar.
O entendimento intelectual
faz parte da fé e mesmo as pessoas com doenças cerebrais possuem sensibilidade
moral. Até os deficientes podem ter bons comportamentos. Eles podem conhecer a
Deus, responder a ele e ter um conhecimento do bem e do mal. Isso é uma bênção!
Segundo Welch, “podemos refletir a luz de Cristo até quando nosso cérebro ou
outros órgãos não estejam sãos, e sim, enfermos”[1].
Ainda sobre esta questão, ele[1]
faz mais quatro afirmações muito interessantes:
ü O cérebro não pode fazer que uma pessoa peque nem
impedir que ela siga a Jesus em fé e obediência.
ü As habilidades de cada pessoa – suas forças e
debilidades do cérebro – são únicas e merecem ser estudadas cuidadosamente.
ü Os problemas do cérebro podem expor os problemas do
coração.
ü Os corações pecaminosos podem conduzir à enfermidade
física e os corações retos podem conduzir à saúde.
[1] Eletroconvulsoterapia (ECT) é
um método que utiliza o estímulo elétrico para gerar uma convulsão que
constitui o elemento terapêutico. Disponível em < http://drauziovarella.com.br/entrevistas-2/eletrochoque-eletroconvulsoterapia/>
Acessado em 04 nov. 2014.
Editorial: Imagem da Internet e Video do Youtube
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