Série:
Um alerta sobre a abordagem do comportamento humano pela psiquiatria moderna.
Por
Natércia Lemos
(Mestra em aconselhamento Pela Universidade Presbiteriana Mackenzie)
O comportamento é idealizado, ou
seja, um determinado desempenho que se espera das pessoas em qualquer área ou
situação da vida. Espera-se que um aluno seja estudioso e cumpridor dos seus
deveres; que um filho seja respeitador e honre aos seus pais; que um
funcionário seja pontual e cumpra suas tarefas com garra; que os crentes amem
uns aos outros como Jesus ordenou, etc.
Um comportamento ruim (e, às vezes,
reincidente), leva as pessoas a tomarem medidas em busca de ajuda, de soluções.
E existem várias disponíveis. Hoje vamos abordar a biopsiquiatria. Atualmente a
medicina tem proporcionado uma melhora na qualidade de vida,
através de medicamentos ou tratamentos alternativos. As boas notícias da
indústria farmacêutica, trouxeram junto os novos “culpados” pelos transtornos
do comportamento: ou o problema é genético ou pode ser uma desordem química do
organismo.
Tudo
se reduz ao funcionamento do corpo. Não há um aspecto espiritual, apenas
matéria. Nem mesmo se considera a ideia de que o homem vive perante Deus.
Quando a matéria está ‘normal’, tudo está bem e a intervenção médica não é
necessária. Entretanto, quando os padrões ou comportamentos biológicos estão
‘anormais’, então há uma doença. A palavra doença
implica que a responsabilidade pessoal fica diminuída ou ausente e também que a
medicina é o ‘provedor de serviços’ exclusivo.[1]
A responsabilidade pessoal
diminuiu e justificou-se em formas de doenças. É claro que existem problemas
orgânicos que podem refletir na dimensão psicossocial e até deixar as pessoas
mais susceptíveis ao pecado. Por exemplo, problemas hormonais, da tireoide,
menopausa, etc. Também existem doenças cerebrais que de fato alteram o
comportamento, como Alzheimer, Parkinson, demências, autismo, etc. Entretanto,
nenhuma doença, distúrbio hormonal ou problema genético, pode induzir uma
pessoa a pecar.
O entendimento intelectual
faz parte da fé e mesmo as pessoas com doenças cerebrais possuem sensibilidade
moral. Até os deficientes podem ter bons comportamentos. Eles podem conhecer a
Deus, responder a ele e ter o conhecimento do bem e do mal. Isso é uma bênção!
Segundo Welch, “podemos refletir a luz de Cristo até quando nosso cérebro ou
outros órgãos não estejam sãos, e sim, enfermos”[2].
Bibliografia:
[1]WELCH, Edward T. Pecado ou Doença? O
aconselhamento bíblico e o modelo médico. Coletâneas de Aconselhamento Bíblico.
Vol
4. Atibaia-SP: Seminário Bíblico Palavra da Vida, 2005, p. 18.
WELCH, Edward T. Blame
It On The Brain: Distinguishing Chemical Imbalances, Brain Disorders, and
Disobedience. Publishing.
Phillipsburg, New Jersey, 1998.
[2] WELCH, Edward T. Blame It On The Brain: Distinguishing
Chemical Imbalances, Brain Disorders, and Disobedience. Publishing.
Phillipsburg, New Jersey, 1998.
Editorial: Imagem da Internet e Vídeo do Youtube
Muito bom Natércia, nossa mestra!
ResponderExcluir( Adilson - Servo)