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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Série: Um alerta sobre a abordagem do comportamento humano pela psiquiatria moderna. Por Natércia Lemos


Série: Um alerta sobre a abordagem do comportamento humano pela psiquiatria moderna.
Por
Natércia Lemos
 (Mestra em aconselhamento Pela Universidade Presbiteriana Mackenzie)

O comportamento é idealizado, ou seja, um determinado desempenho que se espera das pessoas em qualquer área ou situação da vida. Espera-se que um aluno seja estudioso e cumpridor dos seus deveres; que um filho seja respeitador e honre aos seus pais; que um funcionário seja pontual e cumpra suas tarefas com garra; que os crentes amem uns aos outros como Jesus ordenou, etc.
Um comportamento ruim (e, às vezes, reincidente), leva as pessoas a tomarem medidas em busca de ajuda, de soluções. E existem várias disponíveis. Hoje vamos abordar a biopsiquiatria. Atualmente a medicina tem proporcionado uma melhora na qualidade de vida, através de medicamentos ou tratamentos alternativos. As boas notícias da indústria farmacêutica, trouxeram junto os novos “culpados” pelos transtornos do comportamento: ou o problema é genético ou pode ser uma desordem química do organismo.

Tudo se reduz ao funcionamento do corpo. Não há um aspecto espiritual, apenas matéria. Nem mesmo se considera a ideia de que o homem vive perante Deus. Quando a matéria está ‘normal’, tudo está bem e a intervenção médica não é necessária. Entretanto, quando os padrões ou comportamentos biológicos estão ‘anormais’, então há uma doença. A palavra doença implica que a responsabilidade pessoal fica diminuída ou ausente e também que a medicina é o ‘provedor de serviços’ exclusivo.[1]

A responsabilidade pessoal diminuiu e justificou-se em formas de doenças. É claro que existem problemas orgânicos que podem refletir na dimensão psicossocial e até deixar as pessoas mais susceptíveis ao pecado. Por exemplo, problemas hormonais, da tireoide, menopausa, etc. Também existem doenças cerebrais que de fato alteram o comportamento, como Alzheimer, Parkinson, demências, autismo, etc. Entretanto, nenhuma doença, distúrbio hormonal ou problema genético, pode induzir uma pessoa a pecar.
O entendimento intelectual faz parte da fé e mesmo as pessoas com doenças cerebrais possuem sensibilidade moral. Até os deficientes podem ter bons comportamentos. Eles podem conhecer a Deus, responder a ele e ter o conhecimento do bem e do mal. Isso é uma bênção! Segundo Welch, “podemos refletir a luz de Cristo até quando nosso cérebro ou outros órgãos não estejam sãos, e sim, enfermos”[2].

Bibliografia:
[1]WELCH, Edward T. Pecado ou Doença? O aconselhamento bíblico e o modelo médico. Coletâneas de Aconselhamento Bíblico. Vol 4. Atibaia-SP: Seminário Bíblico Palavra da Vida, 2005, p. 18.
WELCH, Edward T. Blame It On The Brain: Distinguishing Chemical Imbalances, Brain Disorders, and Disobedience. Publishing. Phillipsburg, New Jersey, 1998.
[2] WELCH, Edward T. Blame It On The Brain: Distinguishing Chemical Imbalances, Brain Disorders, and Disobedience. Publishing. Phillipsburg, New Jersey, 1998.

Editorial: Imagem da Internet e Vídeo do Youtube

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