Série:
Um alerta sobre a abordagem do comportamento humano pela psiquiatria moderna.
(Parte 2)
Por
Natércia Lemos
O cérebro pode causar algumas debilidades (dificuldades de fala, por
exemplo), pensamentos desorganizados e até alucinações, mas não pode causar o
pecado (por exemplo, homosexualismo, alcoolismo ou outros vícios). Não se pode
responsabilizar uma enfermidade ou a genética pelo pecado pessoal. Cada ser
humano é único em suas lutas e seus problemas, e se conduzidos ao Senhor,
poderão viver uma vida estável e saudável mesmo que tenham algumas restrições
físicas. Que esperança gloriosa! É muito cômodo pensar em ausência de
responsabilidade e transferir culpa daquilo que é de ordem moral.
As pessoas estão se iludindo e querendo
acreditar que são constituídas apenas de uma parte material, e que é possível,
pelos avanços da medicina, consertar aquilo que não está funcionando bem nelas
mesmas. Powlison ainda faz um alerta alarmante, dizendo que este modo de pensar
se faz presente na comunidade cristã atual:
A igreja já
está sendo afetada pelo sistema de valores e prática da biopsiquiatria. Se algo
está estragado, ou se apenas não está funcionando com excelência, pode ser
consertado de fora para dentro por uma droga psicotrópica: melhora da qualidade
de vida pela química. [...] Tanto nos bancos da igreja como no púlpito, muitos
estão debaixo do efeito de drogas que alteram a mente, o humor e o
comportamento.[1]
É
claro que há o lado bom no avanço da medicina, pois doenças estão sendo
curadas. A Bíblia não contraria a medicina. Não é uma questão de espiritualizar
e nem de reduzir. Aquilo que pode e deve ser tratado, que o seja. Porém o ser
humano não é só corpo e algumas doenças podem não ter origem fisiológica.
Todas
os problemas comportamentais continuam encontrando respaldo bíblico para serem
tratados e possíveis causas orgânicas devem ser investigadas. A graça comum de Deus atua
em benefício da sua criação utilizando os recursos da própria medicina.
Entretanto o cérebro não pode controlar a alma através de alterações químicas.
Na maioria dos casos em que uma pessoa apresente uma doença psiquiátrica e
esteja, até mesmo, sob uso de fortes medicamentos, ela continuará responsável
por si. “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel, e
não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário,
juntamente com a tentação vos proverá livramento, de sorte que a possais
suportar” (1Co 10.13).
[1] Id. Uma Nova Visão. Tradução de Elizabeth Gomes. São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 22
[1] Id. Uma Nova Visão. Tradução de Elizabeth Gomes. São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 22
Editorial: Imagem da internet e Vídeo do Youtube
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