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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Série: Um alerta sobre a abordagem do comportamento humano pela psiquiatria moderna. (Parte 2) Por Natércia Lemos


Série: Um alerta sobre a abordagem do comportamento humano pela psiquiatria moderna. (Parte 2)
Por
Natércia Lemos
 (Mestra em aconselhamento Pela Universidade Presbiteriana Mackenzie)


O cérebro pode causar algumas debilidades (dificuldades de fala, por exemplo), pensamentos desorganizados e até alucinações, mas não pode causar o pecado (por exemplo, homosexualismo, alcoolismo ou outros vícios). Não se pode responsabilizar uma enfermidade ou a genética pelo pecado pessoal. Cada ser humano é único em suas lutas e seus problemas, e se conduzidos ao Senhor, poderão viver uma vida estável e saudável mesmo que tenham algumas restrições físicas. Que esperança gloriosa! É muito cômodo pensar em ausência de responsabilidade e transferir culpa daquilo que é de ordem moral.
As pessoas estão se iludindo e querendo acreditar que são constituídas apenas de uma parte material, e que é possível, pelos avanços da medicina, consertar aquilo que não está funcionando bem nelas mesmas. Powlison ainda faz um alerta alarmante, dizendo que este modo de pensar se faz presente na comunidade cristã atual:

A igreja já está sendo afetada pelo sistema de valores e prática da biopsiquiatria. Se algo está estragado, ou se apenas não está funcionando com excelência, pode ser consertado de fora para dentro por uma droga psicotrópica: melhora da qualidade de vida pela química. [...] Tanto nos bancos da igreja como no púlpito, muitos estão debaixo do efeito de drogas que alteram a mente, o humor e o comportamento.[1] 

É claro que há o lado bom no avanço da medicina, pois doenças estão sendo curadas. A Bíblia não contraria a medicina. Não é uma questão de espiritualizar e nem de reduzir. Aquilo que pode e deve ser tratado, que o seja. Porém o ser humano não é só corpo e algumas doenças podem não ter origem fisiológica.
Todas os problemas comportamentais continuam encontrando respaldo bíblico para serem tratados e possíveis causas orgânicas devem ser investigadas. A graça comum de Deus atua em benefício da sua criação utilizando os recursos da própria medicina. Entretanto o cérebro não pode controlar a alma através de alterações químicas. Na maioria dos casos em que uma pessoa apresente uma doença psiquiátrica e esteja, até mesmo, sob uso de fortes medicamentos, ela continuará responsável por si. “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel, e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1Co 10.13).

[1] Id. Uma Nova Visão. Tradução de Elizabeth Gomes. São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 22


Editorial: Imagem da internet e Vídeo do Youtube

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