“A desconstrução da ética do olho por
olho e dente por dente”
(O Mordomo Infiel)
Por
Isidro Neto
“E dizia também aos seus discípulos: Havia um certo
homem rico, o qual tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de dissipar
os seus bens.
E ele, chamando-o, disse-lhe: Que é isto que ouço de ti? Dá contas da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu mordomo...” Lucas 16:1-12
E ele, chamando-o, disse-lhe: Que é isto que ouço de ti? Dá contas da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu mordomo...” Lucas 16:1-12
Temos agora em Lucas 16, a parábola
do servo infiel. Aquele homem outrora fora considerado de alta confiança a tal
ponto de ser nomeado a um cargo de alta responsabilidade. Ele tornou-se o administrador
dos bens do seu senhor. Entretanto ele “foi acusado de dissipar os seus bens...” (V.
1). Agora este administrador é intimado por seu senhor a prestar contas do seu
trabalho, de sua administração e mordomia.
Ao contrário do irmão mais novo da
parábola anterior, que dissipou os próprios bens e perdeu seus amigos, o mordomo
infiel utiliza os bens de outrem, do seu senhor, para fazer amigos em seu próprio
benefício. Numa perspectiva ética, Este homem não apresenta exatamente um exemplo a
ser seguido, aqui temos uma história real de um homem mundano que garante seu
futuro colocando em primeiro lugar a si mesmo e consegue a segurança futura
para si mesmo utilizando para isso uma ética mundana e reprovável.
O Apóstolo Paulo nos lembra que haverá
um momento de nossa existência, que deveremos prestar contas de como administramos
nossas vidas, bens, e talentos diante de
Deus. “Mas
tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois
todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. Porque está escrito: Como
eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua
confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.”
(Romanos
14:10-12).
O curiosos é que o senhor que fora lesado, viu a ação do servo numa perspectiva pouco compreensiva, e não ficou bravo, antes viu prudência na ação de seu servo infiel. “E louvou aquele senhor o injusto mordomo por haver procedido prudentemente, porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz. (V.8) Jesus achou algo de relevante e útil na história desse mordomo infiel ao seu senhor. Os filhos da luz devem ter a mesma perspicácia em relação a eternidade.
Paulo afirmou: “Porque
noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da
luz”. (Efésios 5:8). Jesus deseja que utilizemos com altíssimo nível
de sabedoria as riquezas da luz com o objetivo de ganharmos amigos para a eternidade.
Sem entender a profundidade de suas ações, e mesmo com intenções egoístas,
este servo infiel, desconstrói a justiça do “olho por olho e dente por dente”.
Ele diminuiria os lucros exorbitantes cobrados por seu senhor, e demonstraria
perdão, compaixão, e libertação. Acolhia ali os aflitos endividados e os
abençoava com o frescor da generosidade, do amor e da remissão. Conquistaria o
que mais tarde e por toda a eternidade
seria sua maior necessidade. Libertou para receber libertação, iluminou para
receber luz, perdoou para ser perdoado e fez sorrir para receber o alento.
Considere:
1.
Rever sua postura de exigir dos outros mais do que exige
de si mesmo.
2.
Decida por construir ações que ressaltem a generosidade,
a compaixão, o perdão e o amor.
Ore ao Senhor e salvador de sua alma que possa ter
compaixão de suas muitas culpas e pecados. Que torne fiel o infiel. E que tenha
uma vida renovada por uma vida de luz e fidelidade na ética do reino de Deus.
Imagem da Internet, Vídeo do Youtube, www.biblionline.com.br
Lindo. Amei.
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