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segunda-feira, 10 de abril de 2017

“A desconstrução da ética do olho por olho e dente por dente”


“A desconstrução da ética do olho por olho e dente por dente”
 (O Mordomo Infiel)

Por

 Isidro Neto

“E dizia também aos seus discípulos: Havia um certo homem rico, o qual tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de dissipar os seus bens.
E ele, chamando-o, disse-lhe: Que é isto que ouço de ti? Dá contas da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu mordomo...”
Lucas 16:1-12

            Temos agora em Lucas 16, a parábola do servo infiel. Aquele homem outrora fora considerado de alta confiança a tal ponto de ser nomeado a um cargo de alta responsabilidade. Ele tornou-se o administrador dos bens do seu senhor. Entretanto ele “foi acusado de dissipar os seus bens...” (V. 1). Agora este administrador é intimado por seu senhor a prestar contas do seu trabalho, de sua administração e mordomia.

           Ao contrário do irmão mais novo da parábola anterior, que dissipou os próprios bens e perdeu seus amigos, o mordomo infiel utiliza os bens de outrem, do seu senhor, para fazer amigos em seu próprio benefício. Numa perspectiva ética, Este homem não apresenta exatamente um exemplo a ser seguido, aqui temos uma história real de um homem mundano que garante seu futuro colocando em primeiro lugar a si mesmo e consegue a segurança futura para si mesmo utilizando para isso uma ética mundana e reprovável.

           O Apóstolo Paulo nos lembra que haverá um momento de nossa existência, que deveremos prestar contas de como administramos nossas vidas,  bens, e talentos diante de Deus. “Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” (Romanos 14:10-12).

         O curiosos é que o senhor que fora lesado, viu a ação do servo numa perspectiva pouco compreensiva, e  não ficou bravo, antes viu prudência na ação de seu servo infiel. E louvou aquele senhor o injusto mordomo por haver procedido prudentemente, porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz. (V.8) Jesus achou algo de relevante e útil na história desse mordomo infiel ao seu senhor. Os filhos da luz devem ter a mesma perspicácia em relação a eternidade.

          Paulo afirmou: “Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz”. (Efésios 5:8). Jesus deseja que utilizemos com altíssimo nível de sabedoria as riquezas da luz com o objetivo de ganharmos amigos para a eternidade.

          Sem entender a profundidade de suas ações, e mesmo com intenções egoístas, este servo infiel, desconstrói a justiça do “olho por olho e dente por dente”. Ele diminuiria os lucros exorbitantes cobrados por seu senhor, e demonstraria perdão, compaixão, e libertação. Acolhia ali os aflitos endividados e os abençoava com o frescor da generosidade, do amor e da remissão. Conquistaria o que mais tarde e  por toda a eternidade seria sua maior necessidade. Libertou para receber libertação, iluminou para receber luz, perdoou para ser perdoado e fez sorrir para receber o alento.

Considere:

1.   Rever sua postura de exigir dos outros mais do que exige de si mesmo.
2.   Decida por construir ações que ressaltem a generosidade, a compaixão, o perdão e o amor.
Ore ao Senhor e salvador de sua alma que possa ter compaixão de suas muitas culpas e pecados. Que torne fiel o infiel. E que tenha uma vida renovada por uma vida de luz e fidelidade na ética do reino de Deus.


Imagem da Internet, Vídeo do Youtube, www.biblionline.com.br

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