“E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens
de verdade, que odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta, e
maiorais de dez;” Êxodo 18:21
BOM
DIA!!
Releia
Êxodo 18.13 a 27: Principalmente no meio batista tem-se discutido muito formas
ou meios para que uma igreja cresça. Embora não seja esse o discurso, muitos
assumem a disposição de usar meios e recursos para que sua igreja aumente seu
número de membros. Há muito se tem permitido entrar na igreja modelos de
administração e gestão que pouco aproxima o rebanho de uma fé enraizada e o
levado a uma devoção piedosa. Vemos neste momento da história hebraica uma
orientação que não se enquadra em muitas dessas linhas de condução da igreja.
Jetro
soube como poucos entrelaçar uma fé que há não muito tempo foi aprofundada
através do conhecimento de Deus com uma sabedoria prática de um homem já
habituado com liderança. Através da observação do que estava acontecendo,
ele propôs uma estratégia para amenizar o sofrimento do povo e também do
próprio Moisés que tinha que julgar todas as questões. Essa sobrecarga do líder
não era benéfica para ninguém. Cedo ou tarde o peso se faria sentir e isso
acabaria por levar a um desfalecimento ou desânimo de ambos. Por parte do
líder, por sentir que seus esforços não estavam surtindo os efeitos desejados
por não conseguir dar conta de toda a demanda. Por outro lado, por parte do
povo, por não se considerar bem atendido e não ter o acompanhamento devido do
seu líder. Ao constatar tal pendência, Jetro propôs que Moisés dividisse o povo
em grupos e estabelecesse “cabeças” sobre cada um. Assim, esses homens com
autoridade delegada, poderiam julgar causas menores e aliviar o peso sobre
Moisés possibilitando que ele investisse mais o seu tempo na oração e ensino
dos estatutos e leis do Senhor. Mas, antes que alguém pudesse pensar que esta é
somente mais uma estratégia de gestão, o versículo 23 coloca uma condição que a
distingue de qualquer outra: “e assim
Deus to mandar”.
Esse é o grande diferencial. Infelizmente muitos têm
procurado imitar técnicas e meios porque simplesmente veem que dão certos em
outras igrejas. Não procuram ouvir de Deus se é realmente o que Ele deseja para
o seu grupo. Embora a proposta de Jetro estivesse cheia de sabedoria, isso por
si só não era justificativa suficiente para que fosse posta em prática. A vontade do Senhor é o que deve
prevalecer. Isso exige seriedade, fidelidade e sensibilidade do líder para
entender de Deus o que é o melhor para o seu rebanho.
Outro
diferencial importante foram as orientações oferecidas por Jetro sobre as qualificações dos líderes de grupos: capazes, tementes a Deus, homens de verdade e que
aborrecessem a avareza. Não se veem aqui qualificações técnicas,
exigência de alguma titularidade ou aperfeiçoamento em algum curso. A visão predominante não é a de uma
empresa, mas a de uma agência do Reino do Senhor. Por isso, os valores do Reino devem prevalecer. São qualidades espirituais antes de qualquer
atributo humano.
Quantas vezes somos tentados a enxergar a obra do Senhor
com olhos humanos e, humanamente, passamos a procurar homens e mulheres que
possuam características que, de acordo com o nosso entendimento, seriam as mais
adequadas para a liderança. Tantas dessas vezes vemos nossas expectativas
frustradas porque não buscamos nestas pessoas as qualidades espirituais tão bem
mencionadas neste texto e repetidas em Atos 6.3, 1 Timóteo 3.1-7 e Tito 1.6-9. Que Deus nos ajude a sermos fiéis não
somente em fazer a sua vontade, mas também em fazê-la da maneira como ele
deseja.
Medite nisso!
Editor: Isidro Neto, Imagem da Internet e Vídeo do Youtube
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