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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Exposição em Êxodo ( Questão de Gestão no Reino de Deus -“...Conhecimento de Deus e uma sabedoria prática....”) Por Willes Josè da Silva




“E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta, e maiorais de dez;” Êxodo 18:21

BOM DIA!!

Releia Êxodo 18.13 a 27: Principalmente no meio batista tem-se discutido muito formas ou meios para que uma igreja cresça. Embora não seja esse o discurso, muitos assumem a disposição de usar meios e recursos para que sua igreja aumente seu número de membros. Há muito se tem permitido entrar na igreja modelos de administração e gestão que pouco aproxima o rebanho de uma fé enraizada e o levado a uma devoção piedosa. Vemos neste momento da história hebraica uma orientação que não se enquadra em muitas dessas linhas de condução da igreja.

         Jetro soube como poucos entrelaçar uma fé que há não muito tempo foi aprofundada através do conhecimento de Deus com uma sabedoria prática de um homem já habituado com liderança. Através da observação do que estava acontecendo, ele propôs uma estratégia para amenizar o sofrimento do povo e também do próprio Moisés que tinha que julgar todas as questões. Essa sobrecarga do líder não era benéfica para ninguém. Cedo ou tarde o peso se faria sentir e isso acabaria por levar a um desfalecimento ou desânimo de ambos. Por parte do líder, por sentir que seus esforços não estavam surtindo os efeitos desejados por não conseguir dar conta de toda a demanda. Por outro lado, por parte do povo, por não se considerar bem atendido e não ter o acompanhamento devido do seu líder. Ao constatar tal pendência, Jetro propôs que Moisés dividisse o povo em grupos e estabelecesse “cabeças” sobre cada um. Assim, esses homens com autoridade delegada, poderiam julgar causas menores e aliviar o peso sobre Moisés possibilitando que ele investisse mais o seu tempo na oração e ensino dos estatutos e leis do Senhor. Mas, antes que alguém pudesse pensar que esta é somente mais uma estratégia de gestão, o versículo 23 coloca uma condição que a distingue de qualquer outra: “e assim Deus to mandar”.

         Esse é o grande diferencial. Infelizmente muitos têm procurado imitar técnicas e meios porque simplesmente veem que dão certos em outras igrejas. Não procuram ouvir de Deus se é realmente o que Ele deseja para o seu grupo. Embora a proposta de Jetro estivesse cheia de sabedoria, isso por si só não era justificativa suficiente para que fosse posta em prática. A vontade do Senhor é o que deve prevalecer. Isso exige seriedade, fidelidade e sensibilidade do líder para entender de Deus o que é o melhor para o seu rebanho.

         Outro diferencial importante foram as orientações oferecidas por Jetro sobre as qualificações dos líderes de grupos: capazes, tementes a Deus, homens de verdade e que aborrecessem a avareza. Não se veem aqui qualificações técnicas, exigência de alguma titularidade ou aperfeiçoamento em algum curso. A visão predominante não é a de uma empresa, mas a de uma agência do Reino do Senhor. Por isso, os valores do Reino devem prevalecer. São qualidades espirituais antes de qualquer atributo humano

       Quantas vezes somos tentados a enxergar a obra do Senhor com olhos humanos e, humanamente, passamos a procurar homens e mulheres que possuam características que, de acordo com o nosso entendimento, seriam as mais adequadas para a liderança. Tantas dessas vezes vemos nossas expectativas frustradas porque não buscamos nestas pessoas as qualidades espirituais tão bem mencionadas neste texto e repetidas em Atos 6.3, 1 Timóteo 3.1-7 e Tito 1.6-9. Que Deus nos ajude a sermos fiéis não somente em fazer a sua vontade, mas também em fazê-la da maneira como ele deseja.
Medite nisso!


Editor: Isidro Neto, Imagem da Internet e Vídeo do Youtube

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