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sábado, 13 de outubro de 2018

Exposição em Êxodo (...O cobiçoso é um eterno insatisfeito”) Por Willes José da Silva



“Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.Êxodo 20:17

BOM DIA!!
Releia Êxodo 20.17: Neste último mandamento, Deus está trazendo luz a dois aspectos importantes para a nação israelita: Em primeiro lugar o princípio do contentamento, necessário para a vida em sociedade, e, em segundo lugar, como um fechamento, a importância dos pensamentos e desejos do coração na aplicação desse e de todos os outros mandamentos.

         Ainda na linha de que o caos social reflete a tentativa do Diabo de apagar nos homens as características divinas para impedi-los de serem espelhos da imagem e semelhança de Deus, a cobiça, instigada pelo próprio coração humano, cumpre bem este propósito. Ela é um desejo ardente de possuir alguma coisa, normalmente relacionada a bens, dinheiro e poder. Não tem relação alguma com satisfação de necessidades físicas ou emocionais. Tem mais ligação com falta de contentamento. O cobiçoso é um eterno insatisfeito. O que desperta esta insatisfação é sempre o que o outro tem. Ele não reconhece o empenho e a conquista do próximo, mas sempre se entende como mais merecedor do que o outro. Com isso, seu coração desenvolve uma vontade quase que consumidora de ter o que o outro tem, não importa o preço que tenha que pagar ou o que tenha que fazer. Dessa forma, a casa, o cônjuge, os servos, os animais e os bens do seu semelhante acabam por se tornar alvos da sua avidez de tê-los. Frequentemente, o cobiçador quer ter o mesmo o que ou outro tem sem precisar empreender o mesmo esforço. Com isso, a cobiça também se relaciona ao fato de se obter as coisas com o mínimo labor. O outro já conseguiu, então fica mais fácil desejar e buscar ter o que ele já tem do que começar do nada. Nenhuma sociedade se sustenta com esse tipo de filosofia implantada.

O trabalho é a forma designada por Deus para que o homem supra as suas necessidades e adquira os bens que desejar. É lógico que não movido por um apetite consumista que é alimentado pelo descontentamento e pela cobiça do coração. Ao inflamar o desejo cobiçoso, mais uma vez satanás objetiva criar o caos e a desordem, já que a busca de ter o que o outro tem sem ter que trabalhar e se esforçar para isso, leva o homem à pasmaceira em relação a um ofício e à corrupção, já que é um meio mais fácil e mais rápido de ter tudo o que o outro tem. Assim sendo, os valores de Deus, como justiça, retidão e santidade são desprezados, porque o mais importante é obter algum tipo de vantagem em tudo.

         Da mesma forma que, a meu ver, a partir do primeiro mandamento vem o desdobramento dos demais, este último mandamento traz um aspecto imaterial no que se refere à prática dele e de todos os anteriores. A cobiça é uma atitude de pensamento e de coração. É de onde nascem todas as guerras e contendas (Tg 4.1,2). Todos os mandamentos não devem ser simplesmente manifestações exteriores, antes devem expressar aquilo que está no coração. O que Deus está dizendo, no fechamento desse decálogo, é que Ele está interessado no que se passa no coração do homem. É evidente que a prática dos mandamentos é importante, mas ela deve ser antecipada por um coração que se move em buscar ao Senhor e que procura sempre agradá-lo com as suas atitudes.
Medite nisso!




Editor: Isidro Neto: Imagem da Internet; Vídeo do Youtube;https://www.bibliaonline.com.br/acf/ex/20/17

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