“Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu
próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento,
nem coisa alguma do teu próximo.” Êxodo 20:17
BOM
DIA!!
Releia
Êxodo 20.17: Neste último mandamento, Deus está trazendo luz a dois aspectos
importantes para a nação israelita: Em
primeiro lugar o princípio do contentamento, necessário para a vida em
sociedade, e, em segundo lugar, como um fechamento, a importância dos
pensamentos e desejos do coração na aplicação desse e de todos os outros
mandamentos.
Ainda na linha de que o caos social
reflete a tentativa do Diabo de apagar nos homens as características divinas
para impedi-los de serem espelhos da imagem e semelhança de Deus, a cobiça,
instigada pelo próprio coração humano, cumpre bem este propósito. Ela é um
desejo ardente de possuir alguma coisa, normalmente relacionada a bens,
dinheiro e poder. Não tem relação alguma com satisfação de necessidades físicas
ou emocionais. Tem mais ligação com
falta de contentamento. O cobiçoso é um eterno insatisfeito. O que desperta
esta insatisfação é sempre o que o outro tem. Ele não reconhece o empenho e
a conquista do próximo, mas sempre se entende como mais merecedor do que o
outro. Com isso, seu coração desenvolve
uma vontade quase que consumidora de ter o que o outro tem, não importa o preço
que tenha que pagar ou o que tenha que fazer. Dessa forma, a casa, o
cônjuge, os servos, os animais e os bens do seu semelhante acabam por se tornar
alvos da sua avidez de tê-los. Frequentemente, o cobiçador quer ter o mesmo o que ou outro tem sem precisar empreender
o mesmo esforço. Com isso, a cobiça também se relaciona ao fato de se obter
as coisas com o mínimo labor. O outro já conseguiu, então fica mais fácil
desejar e buscar ter o que ele já tem do que começar do nada. Nenhuma sociedade
se sustenta com esse tipo de filosofia implantada.
O
trabalho é a forma designada por Deus para que o homem supra as suas
necessidades e adquira os bens que desejar. É lógico que não movido por um apetite consumista que
é alimentado pelo descontentamento e pela cobiça do coração. Ao inflamar o
desejo cobiçoso, mais uma vez satanás objetiva criar o caos e a desordem, já
que a busca de ter o que o outro tem sem ter que trabalhar e se esforçar para
isso, leva o homem à pasmaceira em relação a um ofício e à corrupção, já que é
um meio mais fácil e mais rápido de ter tudo o que o outro tem. Assim sendo, os valores de Deus, como
justiça, retidão e santidade são desprezados, porque o mais importante é obter
algum tipo de vantagem em tudo.
Da mesma forma que, a meu ver, a partir
do primeiro mandamento vem o desdobramento dos demais, este último mandamento
traz um aspecto imaterial no que se refere à prática dele e de todos os
anteriores. A cobiça é uma atitude de
pensamento e de coração. É de onde nascem todas as guerras e contendas (Tg
4.1,2). Todos os mandamentos não devem ser simplesmente manifestações
exteriores, antes devem expressar aquilo que está no coração. O que Deus está dizendo, no fechamento
desse decálogo, é que Ele está interessado no que se passa no coração do homem.
É evidente que a prática dos mandamentos é importante, mas ela deve ser
antecipada por um coração que se move em buscar ao Senhor e que procura sempre
agradá-lo com as suas atitudes.
Medite nisso!
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