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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Maturidade Cristã – 3/3 Escrito por Jabesmar A. Guimarães



“Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.” (V. Fl. 3:  20-21)

II. A Esperança (20-21)
Depois de condenar a visão obtusa dos inimigos de Cristo, Paulo fala acerca da verdadeira esperança, daquela que transcende os limites deste mundo. São enfocados dois pontos importantíssimos desta esperança. São eles:
A. A Cidadania (20)
Vale a pena, voltar no tempo e conhecer um pouco das características da cidade.
Uma das características principais dos moradores de Filipos era a sua cidadania romana (cf. At 16:21). A cidade de Filipos localizava-se em uma cordilheira que dividia a Ásia da Europa. Era uma cidade militarmente estratégica. No início do século IV a.C., Filipe da Macedônia (pai de Alexandre o Grande), conquistou-a e deu-lhe um nome de acordo com o seu. Em 168 a.C., Filipos caiu nas mãos dos romanos tornando-se parte da província romana da Macedônia e tendo Tessalônica como capital. Em 42 a.C., Marco Antônio e Otávio derrotaram Brutus e Cásio, nas proximidades de Filipos. Em gratidão ao auxílio recebido dos moradores de Filipos, Antônio fez dela uma colônia romana. Pelo fato de ser colônia romana seus cidadãos desfrutavam de todos os privilégios da cobiçada cidadania romana. Sua economia e leis eram baseadas no padrão romano. Na época de Paulo era uma importante cidade militar (havia lá um destacamento da Guarda Pretoriana) e era também um importante centro econômico. Uma das mais importantes estradas do Império, a Via Ignatia, passava por lá. Eles tinham orgulho da sua cidade.
Paulo usa o orgulho que tinham da sua cidadania romana para ensinar uma lição. Ele afirma que a cidadania do cristão está no céu; lá está a sua verdadeira pátria e é para lá que os seus olhos devem estar voltados. Eles deveriam considerar não somente as coisas terrenas, mas também, e principalmente, as divinas. É dos céus que eles aguardavam a volta do Salvador, Jesus Cristo, que viria com uma finalidade especifica. É desta finalidade que falaremos a seguir, pois ela também faz parte da esperança do cristão.
B. A Glorificação (21)
Creio que uma das maiores esperanças dos cristãos de todos os tempos é a glorificação deste corpo no arrebatamento da Igreja. Ter um corpo livre das marcas do pecado e de todas as implicações vindas dele. Sem sombra, de dúvida para um servo de Deus, não há dia mais esperado que este. É esta a segunda esperança destacada por Paulo. Ele afirma que esta glorificação será feita por aquele que tem o poder de subordinar a Si todas as coisas. Não será uma transformação qualquer. Este novo corpo será semelhante ao do Senhor Jesus depois que Ele ressuscitou. Um corpo semelhante aquele com o qual ele se apresentou aos discípulos após Sua vitória sobre a morte. Um corpo capaz de se locomover sobrenaturalmente (cf. Lc 24:31), um corpo que não precisa de portas para entrar em um recinto (cf. Jo 21:19), e o melhor: um corpo totalmente livre do pecado.
Só o verdadeiro cristão tem esta certeza, pois sua esperança em Cristo não se limita a esta vida (cf. ICo 15:19), as coisas deste mundo. O seu olhar está voltado para os céus onde está a sua verdadeira e permanente morada. Apesar desta esperança estar no futuro, o cristão genuíno pode viver hoje com a certeza de que ela se realizará, pois o nosso Mestre nos provou isto ao ressuscitar dos mortos, vencendo a morte, e voltando para junto do Pai para nos levará.
Amém!
Segue abaixo uma tradução própria do texto do Grego para o Português:
12. Não que já recebi, ou já tenha sido completado, mas sigo para obter aquilo pelo que fui conquistado por Cristo Jesus. 13. irmãos, eu de mim mesmo não considero havê-lo alcançado; mas uma coisa faço, esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e esforçando-me para as que estão adiante, 14. sigo para o alvo, o prêmio do alto, da vocação divina em Cristo Jesus. 15. Todos pois que são maduros considerem isto; e se alguém pensa diferente, também isto Deus vos revelará. 16. Mesmo assim no que já atingimos andemos com Ele. 17. Irmãos tornem-se meus imitadores e observem os que andam desse modo tal qual o exemplo que tende em nós. 18. Pois muitos que andam entre nós, dos quais muitas vezes vos disse e agora vos digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. 19. Dos quais o fim é a destruição, o deus deles é o ventre e a glória deles é a vergonha, porquanto só consideram as coisas terrenas. 20. Pois a nossa cidadania está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, 21. que transformará o corpo da nossa humilhação à semelhança do corpo da sua glória, segundo a operação do seu poder de subordinar para si todas as coisas.

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