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domingo, 20 de novembro de 2016

Um Evangelho Vivo Para Um Tempo Novo (1/3) Escrito por Jabesmar A. Guimarães

Um Evangelho Vivo Para Um Tempo Novo

(1/3)



Que o Evangelho é vivo nenhum de nós duvida. Ele é o poder dinâmico de Deus para a salvação de todo aquele que crê! O desafio que temos é de apresentar este evangelho para pessoas que vivem uma nova realidade, um novo tempo. Devemos reconhecer que nem sempre é fácil fazer isto.
Gostaria de compartilhar com os irmãos uma passagem que fala da quebra de costumes e tradições, que fala de uma mensagem e novas formas de apresentar essa mensagem. O Senhor Jesus tem muito a nos ensinar sobre como lidar com os conflitos que surgem pelas mudanças que inevitavelmente vêm com o passar dos anos. Para tanto leiamos Lucas 5:30-39.
"Os fariseus e seus escribas murmuravam contra os discípulos de Jesus, perguntando: Por que comeis e bebeis com os publicanos e pecadores? Respondeu-lhes Jesus: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento. Disseram-lhe eles: Os discípulos de João e bem assim os dos fariseus freqüentemente jejuam e fazem orações; os teus, entretanto, comem e bebem. Jesus, porém, lhes disse: Podeis fazer jejuar os convidados para o casamento, enquanto está com eles o noivo? Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo; naqueles dias, sim, jejuarão. Também lhes disse uma parábola: Ninguém tira um pedaço de veste nova e o põe em veste velha; pois rasgará a nova, e o remendo da nova não se ajustará à velha. E ninguém põe vinho novo em odres velhos, pois o vinho novo romperá os odres; entornar-se-á o vinho, e os odres se estragarão. Pelo contrário, vinho novo deve ser posto em odres novos e ambos se conservam. E ninguém, tendo bebido o vinho velho, prefere o novo; porque diz: O velho é excelente".
Diante do comportamento do Senhor e seus discípulos os religiosos de plantão não perdem a oportunidade de confrontá-los. Eles não se misturavam com aquela ralé de pecadores e estranhavam que Jesus e seus discípulos se sentassem à mesa com pessoas assim. Este comportamento estava fora dos padrões estabelecidos para alguém que se dizia um mestre. Para alguém que realmente queria agradar a Deus. Isto nos leva ao primeiro ponto deste artigo.
I. O QUESTIONAMENTO AO COMPORTAMENTO DOS DISCÍPULOS (33)
Certamente os escribas e fariseus achavam os discípulos de Jesus alegres demais. Não ficavam com o rosto desfigurado e semblante abatido (como os hipócritas de Mateus 6:1-8). Pois apesar da Lei só estipular o jejum no Dia da Expiação, o texto nos mostra que os discípulos dos fariseus e os de João o praticavam com freqüência. A pergunta traz implícito o fato de que os discípulos do Senhor estavam quebrando uma tradição estabelecida e Ele parecia não se importar com isso! Em lugar de jejuarem, como seria apropriado á sua condição de discípulos, eles viviam comendo, bebendo e festejando. Ou seja, havia uma forma já estabelecida e eles a estavam quebrando. Como diriam alguns hoje: "estavam quebrando as tradições dos nossos princípios". Acontece que a tradição à qual os escribas e fariseus se referiam era tradição que eles haviam criado e que queriam estabelecer como divina A nenhuma destas tradições o Senhor respeitou.
Eles também são acusados de não orarem, mas os argüidores deveriam estar se referindo aos horários preestabelecidos para a oração (mais uma tradição). Pela leitura bíblica sabemos que tanto Jesus orava como ensinava os seus discípulos a fazerem o mesmo. Tanto é verdade que oravam que o Senhor, apesar de admitir que não jejuavam, não diz nada a respeito da acusação de não orarem. Fica claro então que o problema não era o fato de não orarem e sim o de não orarem nos horários estabelecidos pela tradição religiosa dos judeus. O questionamento dos escribas e fariseus requer que o Senhor se posicione e é disto que trata o próximo ponto.

II. A RESPOSTA DO SENHOR (34-35)
"Podeis fazer jejuar os convidados para o casamento, enquanto está com eles o noivo?" Uma resposta simples e direta, pois tendo em vista que a festa de um casamento judeu durava sete dias, isto seria um contra-senso. Ninguém vai a uma festa de casamento para jejuar! A presença de Jesus trazia para os discípulos uma alegria bem maior do que a de uma festa de casamento! Seguir e estar com Jesus era para eles uma experiência que lhes trazia profunda alegria. Portanto, enquanto estivessem com Ele, os discípulos não tinham motivo para jejuar e desfigurar o rosto. Porém, quando lhes fosse tirado o noivo (uma referência a Sua morte) eles jejuariam.

Para esclarecer esta questão de tradições e formalidades a serem cumpridas no culto a Deus, o Senhor faz duas ilustrações. Passemos a analisá-las. (Próximo post)

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