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terça-feira, 22 de novembro de 2016

Um Evangelho Vivo Para Um Tempo Novo (2/4) Escrito por Jabesmar A. Guimarães

Um Evangelho Vivo Para Um Tempo Novo

(2/4)

III. O VELHO E O NOVO (36-38)
Jesus começa a falar de coisas velhas e coisas novas, costumes antigos e costumes novos. Para tanto Ele recorre a duas coisas bem comuns a um lar judeu do Oriente Antigo. Uma é a prática de remendar as roupas velhas que se rasgaram. Ele nos diz que ninguém corta um pedaço de uma veste nova para remendar uma roupa velha. Isto seria uma inutilidade, pois além de estragar a roupa nova o remendo não combinaria com a velha. O prejuízo seria duplo, pois ambas ficariam inutilizadas. Em Marcos 2:21, Jesus fala que um pedaço de pano novo usado como remendo em uma roupa velha faria com que o conserto ficasse pior que o estrago. Devido a sua maior resistência o pano novo faria com que o velho se rasgasse e assim o buraco ficaria maior ainda que o original.
A outra ilustração vem dos odres e do vinho que neles eram guardados. Entenderemos melhor a ilustração se soubermos como eram confeccionados os odres. Um animal (normalmente uma cabra) era morto e eles removiam a carne e os ossos deixando seu couro intacto. Então, depois de devidamente tratado, ele era usado como recipiente para líquidos, inclusive o vinho. Quando novos, aqueles odres eram bastante maleáveis e elásticos. Com o passar do tempo eles se ressecavam e se submetidos a uma nova pressão rompiam-se. No que se referia ao armazenamento do vinho a não observância desta regra levava ao rompimento do odre e a conseqüência perda do vinho. Por isso Jesus é enfático: "vinho novo deve ser posto em odres novos e ambos se conservam".
O vinho é igual ao conteúdo è princípios e verdades eternas da Palavra de Deus. O odre é igual ao recipiente è forma e modo de apresentar o conteúdo. O que o Senhor quer deixar claro com estas ilustrações e que Ele não veio remendar o judaísmo e nem moldar a Sua mensagem e comportamento aos velhos odres da religiosidade judaica. Ele veio trazer um vinho novo e o vinho que trouxe deve ser acondicionado em odres novos. Não é sem razão que Jesus não era visto com bons olhos pelos líderes religiosos da sua época. Ele era visto como um revolucionário que estava mudando as tão queridas tradições da religião judaica. Era isso que os incomodava!
A verdade é que o Senhor sabia que o Seu ensino não estaria em conformidade com o gosto dos líderes religiosos, pois alguém que já se acostumou a beber o vinho velho nem ao menos quer se dar ao trabalho de experimentar o vinho novo. O velho é que é o bom, ele diz. Está tão acostumado e satisfeito com o velho que nem ao menos se dá ao trabalho de parar por um momento sequer para avaliar o sabor do novo. (Continua no próximo post)

Editorial:
Responda para si mesmo (a): Você entendi que a presença e a mensagem de Jesus Cristo, foi mais do que questionadora para a estrutura, mensagem e vida religiosa da época?  Foi, sobretudo, instrumento poderoso de Deus para transformação de vidas. Aquelas vidas que aceitaram o vinho novo e se tornaram odres novos, experimentaram a nova vida abundante oferecida por Jesus e se tornaram participantes da salvação eterna. Entendendo que a experiência dos discípulos de Jesus com essa vida abundante, tem  significado de perdão abundante, segurança de salvação eterna abundante, perseguição e ódio dos inimigos da cruz de Cristo abundante.

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