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terça-feira, 4 de setembro de 2018

Série: De Pastor Para Pastor: "Dê-se nova chance!" Por Pr. Isidro Neto





Dê-se nova chance!


“E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi procurar nela fruto, não o achando;
E disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho. Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente?
E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque;
E, se der fruto, ficará e, se não, depois a mandarás cortar.”
(Lucas 13:6-9)

Esta parábola, proferida por Jesus se encontra em um contexto de ensino sobre julgamento, consequências e arrependimento. Nos versículos acima, nosso Senhor, respondi aos discípulos, a respeito da comparação entre os galileus que tiveram seu sangue misturado com os sacrifícios, por Pilatos, em relação aos demais galileus que nada sofreram e de igual temática comparativa, os que sofreram morte com a queda da torre de Siloé, ele diz:Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.” (Lc. 13:2-5). Os que sofreram agora, não eram, nem mais nem menos pecadores que os demais. O Critério de aceitação na presença de Deus é o arrependimento.

O Senhor da vinha, tinha em sua propriedade, uma figueira, que nos últimos três anos procurava frutos nela e não encontrava. Ele estava desapontado concluindo que não valia a pena tê-la em seus domínios, consumindo cuidados e água, coisa rara naqueles dias e ocupando “sua terra inutilmente”.

A “ausência de frutos”, (ausência entre “aspas”, por que a palavra de Deus jamais voltará vazia, Is. 55:11),  no ministério pastoral é desanimador. A cobrança vem de todos os lados, a começar de você mesmo, passando pelos colegas de ministérios e pela própria igreja, e denominação que são, em muitos momentos até desrespeitosos, se nossos relatórios não são de progresso galopante, colocando em julgamento se somos capazes, eficientes ou se estamos fazendo corpo mole no trabalho. Na hora de falar biblicamente sobre nossa responsabilidade com os frutos do nosso trabalho todos concordam como afirma Paulo, que todos temos uma parte no serviço do reino: “Eu plantei, Apolo regou, mas Deus deu o crescimento...”. (1 Co. 3:6), todos estamos envolvidos no processo de cuidar de pessoas para o reino de Deus... “Somos cooperadores dEle”, (1 Co. 3:9). Nossa responsabilidade tem limites, ... “o que se requer do despenseiro é que seja encontrado fiel” (1 Co. 4:2).

Repensemos nossos passos, na vida pessoal e ministerial, tendo a segurança que estamos no rumo certo. Stephen Covey, autor do livro “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes”, Recomenda:

“Se a escada não estiver apoiada na parede correta, cada degrau que subimos é um passo a mais para um lugar equivocado.” “Plante um pensamento, colha uma ação; plante uma ação, colha um hábito; plante um hábito, colha um caráter; plante um caráter, colha um destino.” Stephen Covey

Jesus, afirma em nosso texto acima: Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.” “Metanoia” – Mudança de mente. O servo do senhor daquela vinha trouxe uma nova perspectiva para o momento, sugerindo que seu senhor repensasse sua decisão de desistir de sua figueira, momentaneamente infrutífera. Ele aponta para novos investimento e cuidados que deveria ser feito e renova os sonhos do dono da vinha de ter frutos em sua figueira.  “E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque; E, se der fruto, ficará e, se não, depois a mandarás cortar.” Paulo exorta aos romanos: “...Transformais-vos pela renovação da vossa mente” (Rm. 12:1,2). Rever nossas crenças em relação ao ministério, métodos, estratégias e foco. Nesse aspecto é preciso o pastor estar disposto a abrir a mente e sair do comum e previsível. E, estudar algo que tenha sido aprovado pelas escrituras e pela aplicação em nosso tempo. Muitos estão vivendo um modelo ministerial  que precisa ser repensado. O povo, a denominação e nós mesmos queremos resultados de nosso trabalho para o reino de Deus. . Alvin Toffler é um escritor e futurista norte-americano doutorado em Letras, Leis e Ciência, Ele afirma:

“Os analfabetos do século 21, não serão aqueles que não sabem ler, e escrever, mas aqueles que não podem aprender, desaprender e reaprender." 

      Muitos de nós temos estado desolados e angustiados com a pressão de grandes resultados no ministério. Isso é uma carga e responsabilidade que torna qualquer um com a saúde emocional abalada e até mesmo nossa espiritualidade é contagiada e tendemos nos deprimir tantas vezes.

         Dê-se uma nova chance, o meu amigo, Paulo Cesar escreveu uma linda canção que nos estimula a olhar para frente e a desejarmos sermos aprovados em nosso ministério e a não desistirmos jamais.

“Você lembra quando foi, Que o Senhor o separou
Dentre todos os amigos, Dentre os entes mais queridos?
E lhe encheu a alma toda de paixão tão desmedida
Pelas almas, pelas vidas, Que não sabem pra onde vão?
Mas o tempo foi passando, E a paixão se esfriou...
Óh meu Senhor, Responda-me: Por que?
Você precisa se obreiro aprovado, E não ser acusado por ninguém.
Andar como meu filho andou, E amar com o genuíno amor
Que eu lhe dei. Mas... Se me buscar na Palavra, de coração na palavra,
Eu dou-lhe Minha palavra: Me achará, e aprovado será.”
(Obreiro Aprovado - Grupo Logos)

              Voltando ao aos versos que antecedem o nosso texto,E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque; (V.8,9). Esta é uma instrução textual que nos aponta para ações de cuidados com a arvore que até então não havia dado os frutos desejados e esperados. Minha vida, sua vida, a Igreja, nosso ministério requer constantes e ininterruptas ações que tornem possíveis os resultados esperados. Marcel proust, auto do livro, “Em busca do tempo perdido”, nos direciona afirmando:

“A sabedoria não se transmite, é preciso que nós a descubramos fazendo uma caminhada que ninguém pode fazer em nosso lugar e que ninguém nos pode evitar, porque a sabedoria é uma maneira de ver as coisas.” A verdadeira viagem de descoberta, não consiste em procurar novas paisagens, mas em ver com novos olhos

            Nosso desafio diário é encontrar meios e percepções em nosso campo de ação que façam surgir novas possibilidades de crescimento e frutificação em nosso trabalho e em nossas vidas.

            Pare um pouco e fale com o Senhor:

v  Pergunte a Deus o que ele quer lhe ensinar neste dia acerca do foco que você tem dado a sua vida e ao seus ministério.
v  Tire um dia para ouvir o Senhor, jejue, e mantenha-se em atitude de oração.
v  Ore agora, encontre um lugar que seja tranquilo e você possa falar com o Senhor sem ser interrompido.

 

Editorial: Isidro Neto, Vídeo do youtube.

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