Translate

quinta-feira, 30 de março de 2017

Os Laços do Passarinheiro


 Os Laços do Passarinheiro

Por

Isidro Neto

(Perigos em propostas nos negócios desta vida)


“Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei.
Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa.”
Salmos 91:2,3

Introdução:

             hoje faremos uma análise ética e ao mesmo tempo ressaltando o aspecto da batalha espiritual, aspectos tão sérios e relevantes para o nosso dia a dia. Pedro nos previne: Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; Ao qual resisti firmes na fé...” (1 Pedro 5:8,9). Também o salmista no salmo 91:3, nos adverte que a confiança em Deus, “nos livrará do laço do passarinheiro.” (Oportunidades de negócios imorais, ilegais)

            O laço do passarinheiro, ou arapuca ou “Assaprã” é a armadilha para pegar pássaros. No interior e periferia de grandes cidades ainda é possível ver pessoas, com uma gaiola com um anexo, chamado de alçapão, com alimento nesse anexo (assaprã) e um sistema de trava. Um pássaro fica na gaiola principal fechado e cantando chamando os que estão fora. Ao lado, O anexo (assaprã) com comida para prender os que forem atraídos.

Lembrando que, nas Leis de crimes ambientais: Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.

                Em tempos de crise como os que estamos vivendo, as armadilhas disfarçadas de oportunidades estão nos assediando para nos envolvermos em negócios fraudulentos a todo o momento. Por exemplo:

              Tem gente vendendo dinheiro na internet, notas falsas, (fake), por preço baixo. Cometendo tanto quem vende como quem repassa, crime federal. Outros estão vendendo objetos por 10%, 20%, do valor do mercado e isso é claro só pode ter sido roubado, e isso podemos ser acusados de interceptadores de coisas roubados e respondermos criminalmente. Soube de uma pessoa que teve que responder por furto, por que achou numa lotérica uma carteira, colocou no bolso e antes de ter oportunidade de devolver, as autoridades pegaram as imagens das câmaras e o localizaram. Provérbios, diz que muitos são “como a ave que se apressa para o laço, e não sabe que está armado contra a sua vida.” (Prov. 7:23). Um conhecido foi indiciado por ter cortado palmito de bambu na mata. Claro que ele sabia o que poderia acontecer com ele, mas decidiu correr o risco. O crime não compensa jamais. Faltar com a verdade, mentindo deliberadamente também é laço para o caráter e a credibilidade.
           Quem ama e teme a Deus, tem a base do seu comportamento e ética, nas ordenanças e mandamentos do Senhor, em que a lei da vantagem ilegal e do jeitinho fraudulento não é uma opção de ação e comportamento em seu dia a dia, lemos na palavra de Deus:

Para que temas ao Senhor teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida, e que teus dias sejam prolongados. Ouve, pois, ó Israel, e atenta em os guardares, para que bem te suceda, e muito te multipliques, como te disse o Senhor Deus de teus pais, na terra que mana leite e mel. Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.” (Deuteronômio:6:1-5)

            A palavra grega Ethos, significa caráter, comportamento, jeito de ser, práticas e até costumes. A ética do reino de Deus é o conjunto de atitudes e comportamentos próprias oriundas da palavra de Deus para seu povo que por amor, obediência e temor do Senhor vivem esses valores, tendo suas vidas alinhadas a vontade de Deus e consequentemente sendo pessoas que respeita a vida e os bens comuns na sociedade. Este é o modo de Deus para não sermos presos nas armadilhas do “caçador”.

 A lei do Senhor é perfeita, e revigora a alma. Os testemunhos do Senhor são dignos de confiança, e tornam sábios os inexperientes.
Os preceitos do Senhor são justos, e dão alegria ao coração. Os mandamentos do Senhor são límpidos, e trazem luz aos olhos. (Salmos 19:7,8)
“Como um pássaro escapamos da armadilha do caçador; a armadilha foi quebrada, e nós escapamos. O nosso socorro está no nome do Senhor, que fez os céus e a terra.” (Salmos 124:7,8).
Cai o pássaro num laço se não há nenhuma armadilha? Será que a armadilha do laço se desarma se nada foi apanhado?
(Amós 3:5).

Considere:

1.   Rever as armadilhas que estão diante de você, e mantenha-se no perfeito caminho do Senhor.
2.   Se cair em alguma armadilha, siga as orientações do Senhor e livre-se dessa condição enquanto é tempo.
3.   Ore de modo especial com decisão diante do Senhor para um andar sob suas ordenanças e instrução.

Imagem da internet; Vídeo do youtube; www.bibliaonline.com.br

terça-feira, 28 de março de 2017

(A inclusão de Pecadores no Seio da Igreja)


Parábolas em Lucas
(A ovelha perdida)
(A inclusão de Pecadores no Seio da Igreja) 
por

Isidro Neto

“E ele lhes propôs esta parábola, dizendo:
Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e vai após a perdida até que venha a achá-la? E achando-a, a põe sobre os seus ombros, jubiloso;.”
(Lucas 15:3-6)

             Está é uma parábola que traz à tona um tema em alta em nossa geração, a “inclusão”, no caso, da ovelha perdida. No momento que precede a  parábola, Jesus está sendo questionado pelos fariseus sobre o fato dele receber e comer com os pecadores.

E Chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles. (Lucas 15:1,2)
            
           A inclusão, hoje em dia tem a ver com toda atitude, política ou tendência que pretenda integrar as pessoas em um determinado contexto social, sem mudanças ou adequações. Podemos questionar a aproximidade de certos pecadores entre nós e em muitas igrejas não há lugar para tais. Não vamos a eles, e não permitimos que eles venham até nós. Já vi muito isso acontecer em minha vida pastoral, que com afinco dedicação e amor trabalhando na busca dos perdidos e gente dentro da Igreja fazendo tudo para afasta-los. Cria-se barreiras sociais e culturais e religiosas e muitos pecadores não podem se achegar, pois nãos serão aceitos. Fala-se muito em contextualizar a mensagem para atingir os vários grupos da sociedade, mas as poucas igrejas que tentam fazer isso são perseguidas pelos “fariseus de nossa época”. A opção desses é entrar em nosso templos luxuosos e erguer os muros de nossas casas e nos protegermos com toda espécie de barreiras, cercas, alarmes e seguros com medo da violência urbana!

            Os fariseus da Bíblia, questionavam a integração e a relação de Jesus com os classificados por eles como pecadores indignos que tinham que ser afastados e portanto uma aproximidade inaceitável. Nem mesmo os viam com possibilidades de mudanças e conversão a fé hebreia. Eles não conseguiam entender a missão de Jesus, que o Senhor vai explicar um pouco depois, no cap. 19:10 “Por que o filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.”
          
Olhamos os dependentes químicos como uma chaga social, quanto aos pobres nas favelas e periferias temos medo deles, e os jovens com suas tatuagem queremos distância, os alcoólicos, fumantes, prostitutas, travestis, e criminosos, jamais iremos querer qualquer aproximidade e ai de quem tentar se meter ou se aproximar deles. Eis um campo de missões urbanas tão necessário e urgente. Especialistas dizem que em 2050 75% das pessoas estarão morando nas cidades. Imagine os problemas sociais que advirão dessa aglomerado! Quais os passos essenciais que podemos dar afim de levar a missão de Jesus de buscar e salva os pedidos? Alisto aqui 4 passos:

1.   Conheça sua cidade: A igreja e seus líderes e todos crente deve andar por toda a parte. faça um diagnóstico sobre as áreas e pessoas que mais foram atingidas pelo poder devastador do pecado.
2.   Jesus disse ao  enviar os 70 um pouco antes de nossa parábola:

E dizia-lhes: Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara. Ide; eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos.” (Lucas 10:2,3)

3.   Desenvolvam um projeto de oração por sua cidade: “Rogais pois ao Senhor da seara...”
4.   E escolham ações de inclusão dos pecadores na vida e missão da sua Igreja local.

Quando os 70 voltaram de sua missão disseram:

E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam.
E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu.
Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum.
Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus.
(Lucas 10:17-20)

            Eis o porquê Jesus recebe pecadores e come com eles: Por que são como ovelhas perdidas e seu dono (Ele) veio para recupera-las, trazendo-as de volta a sua comunhão. Ele tem poder para transforma-los, mudar seu interior e exterior ético e moral:

“E achando-a, a põe sobre os seus ombros, jubiloso;
E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.” (Lucas 15:6)

Considere responder:

1.   Quem é você nesta parábola?
2.   Você como ovelha no aprisco sob os cuidado do Senhor, pode ser útil na busca de ovelhas perdidas.
3.   Ore nesse instante sobre isso.

Imagem da internet; Video do Youtube; www.bibliaonline.com.br

segunda-feira, 27 de março de 2017

Prova e Providência


Prova e Providência.

Por


Adilson
    G. Routh

Então disse Deus: "Tome seu filho, seu único filho, Isaque, a quem você ama, e vá para a região de Moriá. Sacrifique-o ali como holocausto num dos montes que lhe indicarei". (Gêneses 22:2)

      Já havia se passado em torno de vinte e cinco anos do nascimento de Isaque, a vida familiar de Abraão parecia perfeita, ele gozava da comunhão com Deus, com sua esposa e seu filho, o futuro parecia promissor, pois, tudo o que Deus havia prometido agora estava se concretizando. Nesse ambiente de relativa calma Abraão é surpreendido por uma ordem de Deus, ele deveria sacrificar a Isaque como holocausto. Não sabemos o turbilhão de pensamentos e questionamentos que passou pela mente de Abraão, pois isso parecia desproposital,  Isaque daria segmento a sua descendência e o sacrifício seria o fim dessa expectativa. Contudo, parece que Deus resolveu não só por Abraão à prova como também usá-lo como exemplo ilustrativo do que Ele próprio faria ao entregar seu único filho Jesus Cristo em sacrifício pelo mundo. Os sentimentos conflitantes de Abraão ilustram de maneira tênue o coração de Deus durante a crucificação, onde as trevas cobriram a terra e o Senhor exclamou: “Pai por que me abandonaste?”.   A prova parecia dura demais, ir contra o próprio instinto paterno por obediência e amor a Deus, mas o entendimento de que o verdadeiro amor se doa e doa o melhor que possamos ter , tomou vulto na atitude de Abraão.

         Da decisão de sacrificar Isaque até o monte Moriá havia uma jornada de três dias, tempo suficiente para que Abraão reconsiderasse sua decisão, contudo ao avistar o monte continua firme em sua obediência. Para trás ficaram os servos, somente Isaque e Abraão seguiam pelo caminho levando os preparativos para o holocausto, até que Isaque se dá conta de que algo faltava: “onde está o cordeiro para o holocausto?” indaga a seu pai, e na resposta de Abraão percebemos a fé de um homem que de fato confiava por conhecer a Deus: “O Senhor, proverá para si o cordeiro”, a própria Carta aos Hebreus declara que Abraão cria que Deus era poderoso para ressuscitá-lo (Hb 11.9). Parece que a dúvida que levou Adão e Eva à queda, não fazia mais parte da personalidade de Abrão, por amar a Deus ele sabia que Ele interviria miraculosamente se fosse necessário, e que o melhor estaria em obedecer. A concretização dessa confiança se dá na descrição dos fatos: Ao chegar ao monte prepara o altar, coloca a lenha e sobre ela amarra a Isaque, e ao levantar o cutelo para imolá-lo concretiza sua atitude de fé, assim Deus o impede de fazê-lo, pois, a prova já havia passado e ele acabara aprovado. Imediatamente Abraão vê um carneiro enroscado pelo chifre, o holocausto estava providenciado, e ambos, Abraão e Isaque puderam adorar a Deus. Com toda a certeza não só Abraão passou por um teste, como o próprio Isaque também teve sua aprovação, assim, aquela adoração foi especialíssima para ambos, pois, a experiência que parecia de morte, transformou-se numa celebração da vida e da providência de Deus em meio à prova.  A confiança em Deus também seria perpetuada na vida de Isaque por meio dessa experiência, sua missão de reproduzir o caráter de seu pai havia começado bem. A atitude de Abraão consolidou a aliança que Deus fizera com ele, pois o Senhor disse:  "Juro por mim mesmo", declara o Senhor, "que por ter feito o que fez, não me negando seu filho, o seu único filho, Gênesis 22:16  esteja certo de que o abençoarei e farei seus descendentes tão numerosos como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar. Sua descendência conquistará as cidades dos que lhe forem inimigos e, por meio dela, todos povos da terra serão abençoados, porque você me obedeceu". Gênesis 22:17,18. Pois apesar da aliança ter sido incondicional ela deveria ser vivida por meio da fé, e nessa atitude Abraão mostrou a maturidade necessária para vivê-la, assim o Senhor ratifica a Aliança.

         Obedecer a uma ordem expressa de Deus pode se transformar em uma prova para o coração vacilante, principalmente quando confrontado pelo mundo caído. No ambiente secular, onde os valores de Deus são desprezados, muitas vezes seremos coagidos a desobedecer, pois na busca pelo lucro, pelo poder e pelo prazer, os homens se obrigam a desobediência coagindo os que estão a sua volta a segui-los. A experiência de Abraão mostra-nos que para se obedecer é necessário se ter um coração que ama a Deus acima de tudo, e nesse amor aguardar que Ele intervenha se for necessário durante nossa obediência, pois se Deus é poderoso para até mesmo ressuscitar mortos, quanto mais para providenciar escape enquanto obedecemos. No final, que cada um de nós encontre a aprovação do Senhor diante das provas, para que possamos também celebrar sua providência em nossa vida.

         Considere:
1.                A determinação em obedecer dependerá do seu amor a Deus, sem isso a obediência pode se transformar em obrigação enfadonha, deixando assim de ser obediência.
2.                Nutra um tempo a sós com Deus, daí brotará a força para sua obediência.
3.                Confie de que a providencia virá mesmo que ainda não a enxergue, Deus é Senhor dos escapes.

domingo, 26 de março de 2017

"A Essência da Prática da Fé"


Série parábolas em Lucas:
“O Bom Samaritano”
(A Essência da Prática da Fé)

Por


Isidro Neto
33 Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;
34 E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele; (Lucas 10:30-37)


            Jesus ensinava com histórias, chamadas de parábolas. Verdades embutidas em meio a um causo, como diria o mineiro. Nessa História que jesus contou tinha 4 personagens, o homem que fora assaltado, o sacerdote e o levita que ao verem o homem caído, não demonstraram  amor e solidariedade, e o  samaritano, que era um homem que não pertencia a aliança com Deus, mas demonstra amar a Deus e a sua lei, amando e tendo misericórdia do seu próximo, o homem caído a beira do caminho.
            É interessante Jesus usar a história de um samaritano como exemplo de fazer o que Deus queria que seu povo fizesse. Os samaritanos eram um povo misturado estrangeiros e judeus, e tinham um culto também misturado, judaísmo e idolatria aos deuses de sua pátria mãe de onde haviam sido trazidos. Adoravam no “Monte Gerinzim”, e não em Jerusalém. Logo chega a ser estranho Jesus dizer que um comportamento de  um samaritano fosse elogiado ao contrário dos sacerdotes e levitas que mantinham grande prestigio no cenário religioso judaico da época e na lei de Moisés. Jesus queria deixar claro que  não adianta títulos, e posições no cenário da fé, todos estão debaixo das mesmas obrigações espirituais, “Pois o que importa ganhar o mundo e perder a alma?”
            Jesus queria dizer que eles os sacerdotes e levitas, perderam a essência da lei. Se desviaram da vontade de Deus e já não discerniam o principal foco da fé – A restauração do homem caído.
        A hipocrisia que Jesus vislumbra em alguns grupos dirigentes não é uma novidade. Os profetas – Isaías, Jeremias, Ezequiel, Joel – deixam transparecer a dicotomia entre a religião e a vida concreta. São palavras duras, sobretudo em relação àqueles que tinham a missão e a obrigação de cumprir a palavra de Deus, visualizando-a na justiça, no cuidado dos mais desfavorecidos, órfãos e viúvas, no acolhimento dos estrangeiros, na solidariedade com os vizinhos, no perdão aos ofensores e aos devedores, na concórdia dentro da família. Diz o Senhor: “Não prejudicarás o estrangeiro… Não maltratarás a viúva nem o órfão… Se emprestares dinheiro a alguém do meu povo, não o sobrecarregarás com juros. Se receberes como penhor a capa do teu próximo, terás de lha devolver até ao pôr-do-sol, pois é tudo o que ele tem para se cobrir…” (Dt 24:10,14,15,17)

           É vontade de Deus que a justiça, a proximidade, o acolhimento, a generosidade, façam parte do nosso estilo de vida. Isto é a essência prática da fé. Deus olha e vê o seu povo e a miséria dos seus eleitos. Nosso Senhor foi claro em afirmar que o mal que fizermos aos outros ou o bem que deixarmos de fazer, pesará nas nossas contas com Deus. (Mateus 25:35-45).

Considere:
1.   Pergunte a si mesmo como sua fé tem influenciado seu comportamento com o próximo menos favorecido ou assaltado pela vida.
2.   Ore ao Pai, clame para que sua vida seja como a vida misericordiosa do Samaritano da parábola.

Imagem da internet; Vídeo do youtube; www.bibliaonline.com.br

sábado, 25 de março de 2017

A Dor do Ajuste


A Dor do Ajuste.

Por


Adilson
    G. Routh

Sara, porém, viu que o filho que Hagar, a egípcia, dera a Abraão estava rindo de Isaque,
e disse a Abraão: "Livre-se daquela escrava e do seu filho, porque ele jamais será herdeiro com o meu filho Isaque".
Isso perturbou demais Abraão, pois envolvia um filho seu.
Mas Deus lhe disse: "Não se perturbe por causa do menino e da escrava. Atenda a tudo o que Sara lhe pedir, porque será por meio de Isaque que a sua descendência há de ser considerada.

Gênesis 21:9-12
        
      A evidência de que o plano de Sara falhara ocorreu logo que Isaque foi desmamado, isso por volta de seus sete anos. Quando ela considerou dar sua serva Hagar a Abrão para que  dessa relação houvesse um herdeiro, ela criou um plano alternativo que se colocou em rota de colisão com a promessa de Deus. Na festa do desmame de Isaque isso se tornou claro aos olhos de Sara, pois Ismael sendo primogênito, e desde sedo desprezando a Isaque com chacotas aos olhos dos servos de Abraão, tornava o futuro de Isaque incerto, os interesses de ambos certamente colidiriam num futuro próximo, assim ela percebeu que deveria fazer um ajuste ao erro que tinha cometido. Esse ajuste certamente foi penoso tanto para Abraão como para a própria Sara, pois depois de anos de convívio com Ismael, e certamente o considerando filho adotivo, resolve expulsa-lo junto com sua mãe Hagar. O ajuste foi penoso para todos, para Sara que propunha algo “desumano”, para Abrão que sentiria a perda de um filho, para Isaque que perderia um irmão, para Ismael que perderia uma família e para Hagar que deixaria pra trás a segurança da proteção de Abraão, apesar de ter sido alforriada. Mas mesmo expulso Deus cuidou de Ismael e sua mãe Hagar por amor a Abraão, ele não só sobreviveu no deserto como se tornou flecheiro, casou-se e deu origem a várias nações que futuramente se oporiam a conquista da terra prometida pelos descendentes de Isaque, e até hoje são fortes opositores dos judeus.

         Ajustes são necessários diante de erros do passado, porém sempre trarão consigo a dor de fazê-los, melhor que esses não tivessem acontecido, mas diante da falibilidade humana temos que nutrir a sabedoria da graça para fazê-los. Contudo isso demandará tempo e recursos e desgaste emocional, tudo dependerá de quão intenso foi nosso desvio no passado, e de quantas pessoas envolvemos, mas se quisermos viver o retorno ao que Deus tem para nossa vida devemos fazê-lo, mas lembre-se, sempre haverá consequências que nos acompanharão. O mais sábio é enquanto estivermos na rota correta, persistirmos em manter os valores e princípios que temos, regando nossa jornada pela fé no Deus que certamente cuida de nós.

         Considere:
1.                Avaliar o passado para identificar falhas não corrigidas, alista-las.
2.                Em oração buscar uma forma de reparar essas falhas.
3.                Estabelecer estratégias e datas para implementa-las.

sexta-feira, 24 de março de 2017

“A função da Igreja no Ide”

(“A função da Igreja no Ide”)

 (5/5)


Como hoje, na época de Paulo havia muitos povos sem a presença do testemunho do evangelho de Jesus Cristo. Paulo sabia que a única solução para eles estava na bendita pessoa de Jesus Cristo e sua obra salvadora. Ele escreve em Romanos 10:9, 10, 13: "Se com tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para a justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação. ...Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo." Mas Paulo não pára aqui e começa a fazer uma série de perguntas que nos colocam contra a parede.
Continua ele: "Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem nada ouviram? e como ouvirão se não há quem pregue? e como pregarão se não forem enviados? ...Assim, a fé vem pelo ouvir e ouvir da palavra de Cristo" (Rm 10:14, 15a, *17 - grifo próprio).
A resposta às perguntas do apóstolo é uma só: É impossível! É impossível invocar aquele em quem não creram. É impossível crerem em Jesus se não ouviram nada a seu respeito. É impossível que ouçam o evangelho se ninguém for lhes falar. A não ser que as igrejas enviem missionários para levar-lhes as boas novas que Jesus veio ao mundo e efetuou a obra da salvação, continuarão ignorando tão grande bênção.
Fica claro então, que é impossível ao homem chegar ao conhecimento de Jesus sem que alguém lhe fale acerca disto. "E como pregarão se não forem enviados?" É papel da igreja providenciar treinamento, envio de missionários até estes povos e preocupar-se com o sustento do missionário no campo (cf. At 13:1-3). A não ser que alguém lhes seja enviado, eles nunca ouvirão da salvação que só há na pessoa do Senhor Jesus.
Pedro afirma: "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (At 4:12). Em I Timóteo lemos: "Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (ver também: At 5:31; 13:23; Fp 3:20; ITm 1:10: Tt 1:4, 2:13, 3:6; IIPe 1:1, 2:20, 3:18; IJo 4:14; Jd 25). Se não lhes falarmos acerca deste único salvador, continuarão nas suas práticas abomináveis (religiosidade, animismo, idolatrias, feitiçarias, satanismo etc.) permanecendo em estado de condenação eterna.
É por isso que temos que ir até os confins da terra. Pessoas estão morrendo e se perdendo eternamente sem nenhuma esperança. Bilhões de almas que nunca ouviram nada! Nós somos os únicos que podemos levar-lhes a Palavra da salvação, não há outros seres com esta responsabilidade. Ou somos nós ou eles não terão chance alguma de se salvar!
J. Osvald Smith disse: "que direito tenho eu de ouvir esta boa nova, duas vezes, enquanto grande parte do mundo nunca as ouviu?" Nunca salvaremos todos os habitantes da nossa cidade, mas eles já ouviram, já tiveram pelo menos uma chance. Têm varias oportunidades de ouvir e ler sobre o Evangelho. No rádio, na televisão, na literatura etc. Contudo, eles desprezam as oportunidades. Porém, há aqueles que simplesmente não sabem nada sobre Jesus e mesmo que quisessem não poderiam ouvir. Isto se dá pelo simples fato de que ainda não há ninguém para lhes falar.
V. CONCLUSÃO
Gostaria de encerrar citando Romanos 15:20,21: "Esforçando-me deste modo para pregar o evangelho, não onde Cristo já fora anunciado, para não edificar sobre fundamento alheio; antes, com está escrito: Hão de vê-lo aqueles que não tiveram notícia dele, e compreendê-lo os que nada tinham ouvido a seu respeito" (grifo próprio).
Este foi o principal objetivo da vida de Paulo: anunciar Cristo àqueles que nunca tinham ouvido a Seu respeito. Creio que este também deve ser nosso propósito no presente século. Devemos somar forças para alcançar tais povos. Cada liderança deve levar sua igreja local a buscar a Deus no desejo de saber como Ele a quer usar neste grande empreendimento espiritual (digo liderança porque, normalmente, a igreja é um reflexo daqueles que a lideram). E pode estar certo de uma coisa querido irmão: Deus quer usar a sua igreja local neste ministério!
Amém!

quinta-feira, 23 de março de 2017

"...Até os confins da terra"


(Até os confins da terra)

 (4/5)


IV. A NECESSIDADE DA EXPANSÃO MISSIONÁRIA "ATÉ AOS CONFINS DA TERRA"
A população mundial atingiu a marca de 6 bilhões de almas. É muita gente! Poucas vezes paramos para pensar na situação espiritual destas pessoas. Qual será a realidade do mundo em relação ao alcance missionário? Onde se concentra a maior parte destas pessoas? Quantas já ouviram sobre Jesus? Elas têm acesso a Bíblia?
Tentarei responder estas perguntas apresentando algumas estatísticas e apelando para alguns textos bíblicos.
Olhemos para o número de pessoas que habitam o planeta e sua situação em relação ao Evangelho de Jesus Cristo. O que as estatísticas dizem a respeito delas?
Podemos dividir os 6 bilhões de habitantes em 3 classes de pessoas:
·         Nunca ouviram falar de Jesus (1.200.000.000);
·         Já ouviram algo a respeito de Jesus – não se consideram cristãos (2.800.000.000);
·         Cristãos – incluindo os cristãos nominais (2.000.000.000).
A situação mundial em relação à Bíblia é a seguinte:
No Mundo são faladas 6.528 línguas.
·         4% destas línguas têm a toda a Bíblia traduzida (apenas);
·         10% só têm o Novo Testamento;
·         19% só têm trechos das Escrituras;
·         62% não têm nada;
·         05% são línguas quase extintas.
Obs.: dados da Sociedade Interacional de Lingüística (SIL)
Este é o triste quadro que se nos apresenta no início deste terceiro milênio e temos que concordar com o nosso querido Senhor Jesus. A Seara é grande!
A Bíblia é clara ao afirmar que "todos pecaram" (Rm 3:23) e nisto não há exceção. Todos os nascidos da união de um homem e de uma mulher (isto exclui o Senhor Jesus Cristo) estão na condição de pecadores caídos e em total rebeldia contra Deus. Quando Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, diz que todos pecaram, estão incluídos pretos, brancos, amarelos, vermelhos etc. Logo, para Deus estão todos mortos nos seus delitos e pecados (Ef 2:1,5) e, portanto, perdidos eternamente. Esta é a condição de todos aqueles que ainda não se renderam a Jesus; quer tenham ou não ouvido! O homem não é pecador porque peca, mas peca por já ter nascido pecador (Sl 51:5). Deus já havia revelado a Salomão esta verdade. Ele diz: "Não há homem justo sobre a terra, que faça o bem e que não peque" (Ec 7:20).
Querendo mostrar a condição espiritual de todos os seres humanos, Paulo escreveu: "Como está escrito: Não há um justo, nem sequer um, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, a uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, a boca eles a têm cheia de maldição e de amargura; são o seus pés velozes para derramar sangue, nos seus caminhos há destruição e miséria; desconhecem o caminho da paz. Não há temor de Deus diante dos seus olhos" (Rm 3: 10-18 - grifo próprio).
Esta é a terrível, mas real, situação da humanidade sem Cristo. Esta citação que Paulo faz do Antigo Testamento nos mostra que todos, sem exceção, são pecadores e, portanto, injustos. "...pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado" (Rm 3:9).
Todo os homens sem Cristo passarão por julgamento e já estão em estado de condenação eterna (Jo 3:18). Lemos isto em Romanos 2:11-16: "Porque para com Deus não há acepção de pessoas. Assim todos os que pecaram sem lei, também sem lei perecerão; e todos que com lei pecaram, mediante lei serão julgados. Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados. Quando pois os gentios que não tem lei, procedem por natureza de acordo com a lei, servem eles de lei para si mesmos. Estes mostram a norma da lei gravada nos seus corações, testemunhando-lhes também a consciência, e os seus pensamentos mutuamente acusando-se ou defendendo-se; no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, em conformidade com o meu evangelho" (grifo próprio).
Aquele que ouviu de Jesus será julgado levando em conta a oportunidade que teve e desprezou. Aqueles que nunca ouviram serão julgados, tendo a seu favor o fato de não terem ouvido. Contudo, segundo o texto, perecerão (Rm 2:12).


segunda-feira, 20 de março de 2017

A Alegria da Perseverança


A Alegria da Perseverança.
Por
Adilson
    G. Routh
“O Senhor foi bondoso com Sara, como lhe dissera, e fez por ela o que prometera.
Sara engravidou e deu um filho a Abraão em sua velhice, na época fixada por Deus em sua promessa.
Abraão deu o nome de Isaque ao filho que Sara lhe dera.
Quando seu filho Isaque tinha oito dias de vida, Abraão o circuncidou, conforme Deus lhe havia ordenado.
Estava ele com cem anos de idade quando lhe nasceu Isaque, seu filho.
E Sara disse: "Deus me encheu de riso, e todos os que souberem disso rirão comigo".
Gênesis 21:1-6
        
      Após uma jornada de vinte e cinco anos como peregrino, estando próximo aos cem anos,  confiando e perseverando na promessa de que Deus lhe daria um herdeiro por meio de Sara, finalmente Abraão vê o milagre materializado em forma de um bebê. Sua perseverança havia sido recompensada, finalmente o tempo certo havia chegado e ao bebê que nascera deu-lhe o nome de Isaque, que significa riso, mas não mais o riso incrédulo de Sara quando a um ano antes havia ouvido que seria mãe, mas agora o riso da alegria de glorificar a Deus por sua fidelidade.

Conforme a aliança feita com Deus Abraão circuncida Isaque no oitavo dia, costume que seria incorporado a lei posteriormente, assim a marca da aliança seria um lembrete a Isaque e suas gerações de que vale a pena perseverar em obedecer e servir a Deus, pois ele não falha.

Perseverar não é tarefa fácil, principalmente para uma geração habituada com o imediatismo, contudo uma vida cristã amadurecida requer perseverança na caminhada com Deus, nesse exercício de paciência e fé não só as virtudes espirituais são aperfeiçoadas, como nosso coração é preparado para festejar a fidelidade de Deus quando formos agraciados por suas bênçãos.

A perseverança é adquirida em pequenas doses, como disse o Senhor: “basta a cada dia seu próprio mal”, viver um dia por vez é parte da sabedoria para se perseverar. Visualizar como posso ultrapassar as barreiras de hoje, sem perder o foco do meu futuro com Deus me ajudará a manter minha fidelidade, meus princípios, minha fé, pois, ao final do dia perceberei que Deus foi fiel desde o amanhecer até o anoitecer e poderei dormir o sono restaurador dos cuidados de Deus me preparando para um novo dia.

A perseverança também é adquirida pela percepção do que me aguarda no final da jornada. Na medida em que entendo o futuro glorioso com o Senhor, passo a me desvencilhar das futilidades da vida, me apegando as coisas que de fato têm valor, e nesse apego não só aguardo meu futuro, mas vivo meu presente intensamente com meu Senhor, pois perseverar não é apenas esperar, mas principalmente viver os valores de Deus enquanto aguardamos. Por fim o perseverante receberá seu galardão ao final de sua jornada, como Abraão e Sara receberam a Isaque, cabe aos sábios crerem nisso, até que recebam com alegria a concretização da promessa.

         Considere:
1.                No que você pode estar vacilante em relação aos valores de Deus em sua vida. Retome sua jornada!
2.                Alistar o que de fato seu coração almeja para o futuro, ajuste isso aos princípios bíblicos.