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sábado, 25 de março de 2017

A Dor do Ajuste


A Dor do Ajuste.

Por


Adilson
    G. Routh

Sara, porém, viu que o filho que Hagar, a egípcia, dera a Abraão estava rindo de Isaque,
e disse a Abraão: "Livre-se daquela escrava e do seu filho, porque ele jamais será herdeiro com o meu filho Isaque".
Isso perturbou demais Abraão, pois envolvia um filho seu.
Mas Deus lhe disse: "Não se perturbe por causa do menino e da escrava. Atenda a tudo o que Sara lhe pedir, porque será por meio de Isaque que a sua descendência há de ser considerada.

Gênesis 21:9-12
        
      A evidência de que o plano de Sara falhara ocorreu logo que Isaque foi desmamado, isso por volta de seus sete anos. Quando ela considerou dar sua serva Hagar a Abrão para que  dessa relação houvesse um herdeiro, ela criou um plano alternativo que se colocou em rota de colisão com a promessa de Deus. Na festa do desmame de Isaque isso se tornou claro aos olhos de Sara, pois Ismael sendo primogênito, e desde sedo desprezando a Isaque com chacotas aos olhos dos servos de Abraão, tornava o futuro de Isaque incerto, os interesses de ambos certamente colidiriam num futuro próximo, assim ela percebeu que deveria fazer um ajuste ao erro que tinha cometido. Esse ajuste certamente foi penoso tanto para Abraão como para a própria Sara, pois depois de anos de convívio com Ismael, e certamente o considerando filho adotivo, resolve expulsa-lo junto com sua mãe Hagar. O ajuste foi penoso para todos, para Sara que propunha algo “desumano”, para Abrão que sentiria a perda de um filho, para Isaque que perderia um irmão, para Ismael que perderia uma família e para Hagar que deixaria pra trás a segurança da proteção de Abraão, apesar de ter sido alforriada. Mas mesmo expulso Deus cuidou de Ismael e sua mãe Hagar por amor a Abraão, ele não só sobreviveu no deserto como se tornou flecheiro, casou-se e deu origem a várias nações que futuramente se oporiam a conquista da terra prometida pelos descendentes de Isaque, e até hoje são fortes opositores dos judeus.

         Ajustes são necessários diante de erros do passado, porém sempre trarão consigo a dor de fazê-los, melhor que esses não tivessem acontecido, mas diante da falibilidade humana temos que nutrir a sabedoria da graça para fazê-los. Contudo isso demandará tempo e recursos e desgaste emocional, tudo dependerá de quão intenso foi nosso desvio no passado, e de quantas pessoas envolvemos, mas se quisermos viver o retorno ao que Deus tem para nossa vida devemos fazê-lo, mas lembre-se, sempre haverá consequências que nos acompanharão. O mais sábio é enquanto estivermos na rota correta, persistirmos em manter os valores e princípios que temos, regando nossa jornada pela fé no Deus que certamente cuida de nós.

         Considere:
1.                Avaliar o passado para identificar falhas não corrigidas, alista-las.
2.                Em oração buscar uma forma de reparar essas falhas.
3.                Estabelecer estratégias e datas para implementa-las.

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