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quarta-feira, 1 de março de 2017

Tradições e maus Hábitos

Tradições e Maus Hábitos

Por

Adilson  Routh

23 Disse Lameque às suas mulheres: Ada e Zilá, ouçam-me; mulheres de Lameque, escutem minhas palavras: Eu matei um homem porque me feriu, e um menino, porque me machucou.
24 Se Caim é vingado sete vezes, Lameque o será setenta e sete.

Ao se retirar da presença do Senhor, Caim decidiu estabelecer seu próprio estilo de vida. Apesar de o Senhor colocar nele uma marca para protegê-lo de uma possível vingança, a marca do que fizera a Abel permaneceu em sua vida e se aprofundou em seus descendentes. As marcas emocionais são devastadoras na vida de um homicida, resta-lhe duas opções: ou se arrepende e busca em Deus a reconstrução de seu caráter, ou justifica-se e perpetua seu comportamento destrutivo. Parece que Caim escolheu a segundo opção, prova disso é o destaque em sua genealogia do nome de seu filho Lameque, onde este afirma: “matei um homem porque me feriu, e um menino, porque me machucou.”. Nota-se o motivo fútil em sua reação para cometer o duplo homicídio, pois as justificativas são banais, e pior, parece que ele se vangloria do seu feito se colocando acima de Caim, seu pai, no grau da perversidade quando afirma: “Se Caim é vigado sete vezes, Lameque o será setenta e sete.”.

A grande lição deste relato é o alerta de que, pecados não resolvidos podem tornar-se em tradição familiar, e maus hábitos podem perpetuar-se. O Coração humano é propenso à adiquirir maus hábitos, e a sociedade em torna-los em tradição, mesmo que sejam práticas abomináveis, como se verifica com o infanticídio em algumas culturas. Portanto tratar o pecado de forma responsável é necessário, pois não sabemos qual desfecho ele poderá trazer em longo prazo, e o que pode se abater sobre nós, nossa família e nossa sociedade. Quando nos retiramos da presença do Senhor como Caim, podemos estar comprometendo nosso futuro e o futuro de nossa família. Se não nos esforçarmos para ser uma influencia poderosa para que o bem se estabeleça, uma pequena influencia negativa pode tomar vulto e nos inclinar para o mal, arrastando consigo família e sociedade. A força esmagadora do exemplo tem de ser vista como uma forte correnteza que arrasta tudo o que estiver a sua frente, e isso é verdade principalmente tratando-se de exemplos negativos, pois por mais individualistas que formos, o resultado do mau exemplo afetará todos a nossa volta. É mais prudente interromper o início de um processo destrutivo que ter de reconstruir anos de maus hábitos e tradições pecaminosas em um individuo e numa sociedade.

Somente a graça de Deus pode mudar esse jogo, quando por meio do arrependimento construiremos exemplos dignos de ser reproduzidos, criando bons hábitos e boas tradições para a glória de Deus.

Considere:

1.     As marcas destrutivas em sua própria vida, leve-as a Cristo.
2.     Recomece com pequenos bons exemplos, as grandes obras são construídas por pequenos tijolos.
3.     Nunca deixe um pecado sem ser resolvido diante de Deus e dos homens, pois ao fazê-lo aniquilará os maus hábitos antes que se tornem tradições.

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