Tradições e Maus
Hábitos
Por
Adilson Routh
23 Disse Lameque às
suas mulheres: Ada e Zilá, ouçam-me; mulheres de Lameque, escutem minhas
palavras: Eu matei um homem porque me feriu, e um menino, porque me machucou.
24 Se Caim é vingado sete vezes, Lameque
o será setenta e sete.
Ao se retirar da
presença do Senhor, Caim decidiu estabelecer seu próprio estilo de vida.
Apesar de o Senhor colocar nele uma marca para protegê-lo de uma possível
vingança, a marca do que fizera a Abel permaneceu em sua vida e se aprofundou
em seus descendentes. As marcas emocionais são devastadoras na vida de um
homicida, resta-lhe duas opções: ou se arrepende e busca em Deus a reconstrução
de seu caráter, ou justifica-se e perpetua seu comportamento destrutivo. Parece
que Caim escolheu a segundo opção, prova disso é o destaque em sua genealogia
do nome de seu filho Lameque, onde este afirma: “matei um homem porque me
feriu, e um menino, porque me machucou.”. Nota-se o motivo fútil em sua reação para
cometer o duplo homicídio, pois as justificativas são banais, e pior, parece
que ele se vangloria do seu feito se colocando acima de Caim, seu pai, no grau
da perversidade quando afirma: “Se Caim é vigado sete vezes, Lameque o será
setenta e sete.”.
A grande lição
deste relato é o alerta de que, pecados não resolvidos podem tornar-se em
tradição familiar, e maus hábitos podem perpetuar-se. O Coração humano é
propenso à adiquirir maus hábitos, e a sociedade em torna-los em tradição,
mesmo que sejam práticas abomináveis, como se verifica com o infanticídio em
algumas culturas. Portanto tratar o pecado de forma responsável é necessário,
pois não sabemos qual desfecho ele poderá trazer em longo prazo, e o que pode
se abater sobre nós, nossa família e nossa sociedade. Quando nos retiramos da
presença do Senhor como Caim, podemos estar comprometendo nosso futuro e o
futuro de nossa família. Se não nos esforçarmos para ser uma influencia
poderosa para que o bem se estabeleça, uma pequena influencia negativa pode
tomar vulto e nos inclinar para o mal, arrastando consigo família e sociedade.
A força esmagadora do exemplo tem de ser vista como uma forte correnteza que
arrasta tudo o que estiver a sua frente, e isso é verdade principalmente
tratando-se de exemplos negativos, pois por mais individualistas que formos, o
resultado do mau exemplo afetará todos a nossa volta. É mais prudente
interromper o início de um processo destrutivo que ter de reconstruir anos de
maus hábitos e tradições pecaminosas em um individuo e numa sociedade.
Somente a graça de
Deus pode mudar esse jogo, quando por meio do arrependimento construiremos exemplos
dignos de ser reproduzidos, criando bons hábitos e boas tradições para a glória
de Deus.
Considere:
1. As marcas destrutivas em sua própria vida, leve-as
a Cristo.
2. Recomece com pequenos bons exemplos, as grandes
obras são construídas por pequenos tijolos.
3. Nunca deixe um pecado sem ser resolvido diante de
Deus e dos homens, pois ao fazê-lo aniquilará os maus hábitos antes que se
tornem tradições.
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