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domingo, 19 de março de 2017

A Preciosidade dos Justos


A Preciosidade dos Justos
Por
Adilson Geraldo Routh

Abraão aproximou-se dele e disse: "Exterminarás o justo com o ímpio?

E se houver cinqüenta justos na cidade? Ainda a destruirás e não pouparás o lugar por amor aos cinqüenta justos que nele estão?

Respondeu o Senhor: "Se eu encontrar cinqüenta justos em Sodoma, pouparei a cidade toda por amor a eles".
Então Abraão disse ainda: "Não te ires, Senhor, mas permite-me falar só mais uma vez. E se apenas dez forem encontrados? " Ele respondeu: "Por amor aos dez não a destruirei".

Tendo acabado de falar com Abraão, o Senhor partiu, e Abraão voltou para casa.


A degradação moral e espiritual de Sodoma e Gomorra chegou a seu limite, seus moradores aderiram em sua totalidade um estilo de vida ímpio onde toda a imaginação pecaminosa era colocada em prática, e o Senhor não poderia deixar que isso se espalhasse mais, assim decide por um fim na existência das duas cidades. Porém, antes de destruir-las  o Senhor resolve revelar a Abraão o que estava prestes a fazer. Um dos motivos prováveis  foi para que Abraão alertasse as futuras gerações dos riscos de uma vida dissoluta e sem o temor do Senhor, e como o pecado tem um poder de espalhar-se em uma sociedade se não for contido e tratado com a devida seriedade. Diante de tal revelação, Abraão coloca-se como intercessor pelas cidades, e seu argumento central é : “exterminarás o justo com o ímpio?”. Abraão sabia que se houvesse justos nas cidades o Senhor as pouparia, e com esse argumento indaga da possibilidade da existência de cinquenta justos, e diante da possibilidade de não haver, chega até o número de dez justos naquelas cidades, e o Senhor promete-lhe que as cidades seriam poupadas se houvesse pelo menos dez justos. Contudo o decorrer da história mostra que somente Ló e suas duas filhas sobreviveram ao episódio.

Diante da tragédia da destruição das cidades, existe a tragédia da destruição dos valores e princípios dentro de uma sociedade, que acaba conduzindo a todos seus moradores a uma vida totalmente reprovável e destrutiva, criando um ambiente insuportável para a vida social, um completo desvio do plano original de Deus encher a terra de sua imagem e semelhança. Nesse contexto de caos social começamos a perceber a preciosidade dos justos. Abraão sabia que se uma parcela daquela sociedade não tivesse se corrompido com o estilo de vida de Sodoma e Gomorra as cidades seriam poupadas. Numa sociedade degradada ser justo diante de Deus é um verdadeiro desafio, eles são perseguidos, desprezados, chacoteados, tidos por retrógrados, chamados ironicamente de fundamentalistas, de radicais, de intolerantes. Os meios de comunicação de massa, os políticos ao criar leis, intelectuais nos ambientes acadêmicos se encarregam de inibir a proliferação dos justos nos moldes bíblicos, ao passo que se voltam para o ocultismo projetando tempos sombrios.

Contudo o justo floresce em meio ao caos, Deus tem chamado um grupo de homens e mulheres que não se deixa levar pela onda da secularização dos princípios, esses são encontrados em pequenas comunidades, em pequenas igrejas, em famílias que mantém sua fé saudável em meio a enxurrada de heresias, em quartos fechados onde se lançam em oração e intercessão por uma sociedade que padece de uma liberdade irresponsável e destrutiva, são vozes no deserto, mas continuam anunciando os caminhos do Senhor; são rejeitados mas acolhem aos quebrantados de coração; quando há uma necessidade social, ei-los ali a disposição; mas são apenas reflexos da glória daquele que mudou suas vidas, mas que ninguém os despreze, pois a glória que refletem tem poder de curar uma sociedade enferma.

Considere:
1.       Tornar-se um justo com um estilo de vida contagiante.
2.       Buscar na Bíblia exemplos de justos que impactaram sua sociedade.
3.       Avaliar se não há algum estilo de vida perverso que deva ser abandonado.

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