A
Preciosidade dos Justos
Por
Adilson
Geraldo Routh
Abraão
aproximou-se dele e disse: "Exterminarás o justo com o ímpio?
E se houver cinqüenta justos na cidade? Ainda a destruirás e não pouparás o
lugar por amor aos cinqüenta justos que nele estão?
Respondeu o Senhor: "Se eu encontrar cinqüenta justos em Sodoma,
pouparei a cidade toda por amor a eles".
Então Abraão
disse ainda: "Não te ires, Senhor, mas permite-me falar só mais uma vez. E
se apenas dez forem encontrados? " Ele respondeu: "Por amor aos dez
não a destruirei".
Tendo acabado de falar com Abraão, o Senhor partiu, e Abraão voltou para casa.
A degradação moral e espiritual de Sodoma e
Gomorra chegou a seu limite, seus moradores aderiram em sua totalidade um
estilo de vida ímpio onde toda a imaginação pecaminosa era colocada em prática,
e o Senhor não poderia deixar que isso se espalhasse mais, assim decide por um
fim na existência das duas cidades. Porém, antes de destruir-las o Senhor resolve revelar a Abraão o que estava
prestes a fazer. Um dos motivos prováveis foi para que Abraão alertasse as futuras
gerações dos riscos de uma vida dissoluta e sem o temor do Senhor, e como o
pecado tem um poder de espalhar-se em uma sociedade se não for contido e
tratado com a devida seriedade. Diante de tal revelação, Abraão coloca-se como
intercessor pelas cidades, e seu argumento central é : “exterminarás o justo com o ímpio?”. Abraão sabia que se houvesse
justos nas cidades o Senhor as pouparia, e com esse argumento indaga da
possibilidade da existência de cinquenta justos, e diante da possibilidade de
não haver, chega até o número de dez justos naquelas cidades, e o Senhor promete-lhe
que as cidades seriam poupadas se houvesse pelo menos dez justos. Contudo o
decorrer da história mostra que somente Ló e suas duas filhas sobreviveram ao
episódio.
Diante da tragédia da destruição das cidades,
existe a tragédia da destruição dos valores e princípios dentro de uma
sociedade, que acaba conduzindo a todos seus moradores a uma vida totalmente
reprovável e destrutiva, criando um ambiente insuportável para a vida social,
um completo desvio do plano original de Deus encher a terra de sua imagem e
semelhança. Nesse contexto de caos social começamos a perceber a preciosidade dos
justos. Abraão sabia que se uma parcela daquela sociedade não tivesse se
corrompido com o estilo de vida de Sodoma e Gomorra as cidades seriam poupadas.
Numa sociedade degradada ser justo diante de Deus é um verdadeiro desafio, eles
são perseguidos, desprezados, chacoteados, tidos por retrógrados, chamados
ironicamente de fundamentalistas, de radicais, de intolerantes. Os meios de
comunicação de massa, os políticos ao criar leis, intelectuais nos ambientes
acadêmicos se encarregam de inibir a proliferação dos justos nos moldes
bíblicos, ao passo que se voltam para o ocultismo projetando tempos sombrios.
Contudo o justo floresce em meio ao caos, Deus tem
chamado um grupo de homens e mulheres que não se deixa levar pela onda da
secularização dos princípios, esses são encontrados em pequenas comunidades, em
pequenas igrejas, em famílias que mantém sua fé saudável em meio a enxurrada
de heresias, em quartos fechados onde se lançam em oração e intercessão por uma
sociedade que padece de uma liberdade irresponsável e destrutiva, são vozes no
deserto, mas continuam anunciando os caminhos do Senhor; são rejeitados mas
acolhem aos quebrantados de coração; quando há uma necessidade social, ei-los
ali a disposição; mas são apenas reflexos da glória daquele que mudou suas
vidas, mas que ninguém os despreze, pois a glória que refletem tem poder de
curar uma sociedade enferma.
Considere:
1.
Tornar-se
um justo com um estilo de vida contagiante.
2.
Buscar
na Bíblia exemplos de justos que impactaram sua sociedade.
3.
Avaliar
se não há algum estilo de vida perverso que deva ser abandonado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário