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segunda-feira, 6 de março de 2017

Cidades e Pecado


Cidades e Pecado

Por

Adilson  Routh

4 Depois disseram: “Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus. Assim nosso nome será famoso e não seremos espalhados pela face da terra”. 
Gn 11.4

Após o dilúvio, os descendentes de Noé se espalharam pelo mundo formando as nações que fizeram o pano de fundo das histórias subsequentes do livro de Gêneses. De fato a ordem de Deus era para que eles se espalhassem e enchessem a terra, não só da presença humana, mas também dos valores espirituais do temor ao Senhor. Contudo, tão logo o dilúvio acabara, Cam filho de Noé, já cometera o primeiro pecado digno de nota quando vê a nudez de seu pai e propaga isso a seus irmãos, sendo por isso amaldiçoado por seu pai (Gn 9.20-27). Curiosamente Cam gerou as nações que fizeram oposição a conquista da terra prometida pelos israelitas séculos depois, bem como seu descendente Ninrode, protagonizou um dos mais conhecidos relatos da antiguidade, a Torre de Babel. O objetivo declarado para a construção da Torre era, não se espalhar, mas criar uma cidade em torno dela para que o nome desses fosse conhecido. Assim percebemos a quebra dos dois objetivos do Senhor, espalhar e encher a terra do conhecimento e dos valores de Deus.

Diante desse fato o senhor resolve intervir, e como havia uma só linguagem no mundo, bastou-lhe confundir a linguagem dos construtores ao ponto de não se entenderem mais, assim o povo se espalhou originando a diversidade de línguas que hoje temos.

Cidades sempre foram locais da disseminação de pecados, não só pelo ajuntamento das pessoas, mas pela proliferação e aperfeiçoamento do mal. Deus nos criou seres sociais e sociáveis, porém paradoxalmente nas grandes cidades somos individualistas ao extremo, ao ponto de perdermos a empatia pelo sofrimento alheio. Os valores de justiça e santidade se perdem no anonimato da multidão. As filosofias de vida que nascem desse ajuntamento, na sua maioria, violam valores e princípios divinos. O Senhor queria poupa-los disso. A força da coletividade acaba influenciando a nós e a nossos filhos, ao ponto dos valores cristãos nutridos a gerações se perderem de nosso cotidiano, assim se percebe que ano após anos a degradação moral se acentua nas grandes cidades.

Como estratégia, precisamos retomar o valor das pequenas comunidades, como família e igreja, onde deveríamos prestar contas de nossas vidas e apoiar aos demais membros, assim poderemos resgatar princípios e valores tanto em nossa vida como na sociedade, até que a cidade perfeita seja criada pelo próprio Deus, ali o grande ajuntamento cumprirá seu papel de produzir a glória de Deus.

Considere:

1.     Se envolver numa pequena comunidade que valorize a Bíblia.
2.     Criar elos pessoais com outros que também querem um estilo de vida que glorifique a Deus.

3.     Resgate o relacionamento familiar, seja um elo de aproximação em sua família.

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