Série parábolas em Lucas:
“O Bom Samaritano”
(A Essência da Prática da Fé)
Por
Isidro Neto
(A Essência da Prática da Fé)
Por
Isidro Neto
33 Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou
ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;
34 E, aproximando-se, atou-lhe as feridas,
deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma
estalagem, e cuidou dele; (Lucas 10:30-37)
Jesus ensinava com histórias,
chamadas de parábolas. Verdades embutidas em meio a um causo, como diria o
mineiro. Nessa História que jesus contou tinha 4 personagens, o homem que fora
assaltado, o sacerdote e o levita que ao verem o homem caído, não demonstraram amor e solidariedade, e o samaritano, que era um homem que não
pertencia a aliança com Deus, mas demonstra amar a Deus e a sua lei, amando e
tendo misericórdia do seu próximo, o homem caído a beira do caminho.
É interessante Jesus usar a história
de um samaritano como exemplo de fazer o que Deus queria que seu povo fizesse.
Os samaritanos eram um povo misturado estrangeiros e judeus, e tinham um culto
também misturado, judaísmo e idolatria aos deuses de sua pátria mãe de onde
haviam sido trazidos. Adoravam no “Monte Gerinzim”, e não em Jerusalém. Logo
chega a ser estranho Jesus dizer que um comportamento de um samaritano fosse elogiado ao contrário dos
sacerdotes e levitas que mantinham grande prestigio no cenário religioso
judaico da época e na lei de Moisés. Jesus queria deixar claro que não adianta títulos, e posições no cenário da
fé, todos estão debaixo das mesmas obrigações espirituais, “Pois o que importa
ganhar o mundo e perder a alma?”
Jesus queria dizer que eles os
sacerdotes e levitas, perderam a essência da lei. Se desviaram da vontade de
Deus e já não discerniam o principal foco da fé – A restauração do homem caído.
A hipocrisia que Jesus vislumbra
em alguns grupos dirigentes não é uma novidade. Os profetas – Isaías, Jeremias, Ezequiel, Joel – deixam transparecer a dicotomia
entre a religião e a vida concreta. São palavras duras, sobretudo em relação
àqueles que tinham a missão e a obrigação de cumprir a palavra de Deus,
visualizando-a na justiça, no cuidado dos mais desfavorecidos, órfãos e viúvas,
no acolhimento dos estrangeiros, na solidariedade com os vizinhos, no perdão
aos ofensores e aos devedores, na concórdia dentro da família. Diz o Senhor: “Não prejudicarás o estrangeiro… Não maltratarás a
viúva nem o órfão… Se emprestares dinheiro a alguém do meu povo, não o
sobrecarregarás com juros. Se receberes como penhor a capa do teu próximo,
terás de lha devolver até ao pôr-do-sol, pois é tudo o que ele tem para se
cobrir…” (Dt 24:10,14,15,17)
É vontade de Deus que a justiça, a
proximidade, o acolhimento, a generosidade, façam parte do nosso estilo de
vida. Isto é a essência prática da fé. Deus olha e vê o seu povo e a miséria dos seus eleitos. Nosso Senhor foi
claro em afirmar que o mal que fizermos aos outros ou o bem que deixarmos de
fazer, pesará nas nossas contas com Deus. (Mateus 25:35-45).
Considere:
1.
Pergunte
a si mesmo como sua fé tem influenciado seu comportamento com o próximo menos
favorecido ou assaltado pela vida.
2.
Ore
ao Pai, clame para que sua vida seja como a vida misericordiosa do Samaritano
da parábola.
Imagem da internet; Vídeo do youtube; www.bibliaonline.com.br
Muito bom Isidro, que busquemos essa essência tão necessária na vida religiosa de nossos dias! (Adilson)
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