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domingo, 26 de março de 2017

"A Essência da Prática da Fé"


Série parábolas em Lucas:
“O Bom Samaritano”
(A Essência da Prática da Fé)

Por


Isidro Neto
33 Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;
34 E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele; (Lucas 10:30-37)


            Jesus ensinava com histórias, chamadas de parábolas. Verdades embutidas em meio a um causo, como diria o mineiro. Nessa História que jesus contou tinha 4 personagens, o homem que fora assaltado, o sacerdote e o levita que ao verem o homem caído, não demonstraram  amor e solidariedade, e o  samaritano, que era um homem que não pertencia a aliança com Deus, mas demonstra amar a Deus e a sua lei, amando e tendo misericórdia do seu próximo, o homem caído a beira do caminho.
            É interessante Jesus usar a história de um samaritano como exemplo de fazer o que Deus queria que seu povo fizesse. Os samaritanos eram um povo misturado estrangeiros e judeus, e tinham um culto também misturado, judaísmo e idolatria aos deuses de sua pátria mãe de onde haviam sido trazidos. Adoravam no “Monte Gerinzim”, e não em Jerusalém. Logo chega a ser estranho Jesus dizer que um comportamento de  um samaritano fosse elogiado ao contrário dos sacerdotes e levitas que mantinham grande prestigio no cenário religioso judaico da época e na lei de Moisés. Jesus queria deixar claro que  não adianta títulos, e posições no cenário da fé, todos estão debaixo das mesmas obrigações espirituais, “Pois o que importa ganhar o mundo e perder a alma?”
            Jesus queria dizer que eles os sacerdotes e levitas, perderam a essência da lei. Se desviaram da vontade de Deus e já não discerniam o principal foco da fé – A restauração do homem caído.
        A hipocrisia que Jesus vislumbra em alguns grupos dirigentes não é uma novidade. Os profetas – Isaías, Jeremias, Ezequiel, Joel – deixam transparecer a dicotomia entre a religião e a vida concreta. São palavras duras, sobretudo em relação àqueles que tinham a missão e a obrigação de cumprir a palavra de Deus, visualizando-a na justiça, no cuidado dos mais desfavorecidos, órfãos e viúvas, no acolhimento dos estrangeiros, na solidariedade com os vizinhos, no perdão aos ofensores e aos devedores, na concórdia dentro da família. Diz o Senhor: “Não prejudicarás o estrangeiro… Não maltratarás a viúva nem o órfão… Se emprestares dinheiro a alguém do meu povo, não o sobrecarregarás com juros. Se receberes como penhor a capa do teu próximo, terás de lha devolver até ao pôr-do-sol, pois é tudo o que ele tem para se cobrir…” (Dt 24:10,14,15,17)

           É vontade de Deus que a justiça, a proximidade, o acolhimento, a generosidade, façam parte do nosso estilo de vida. Isto é a essência prática da fé. Deus olha e vê o seu povo e a miséria dos seus eleitos. Nosso Senhor foi claro em afirmar que o mal que fizermos aos outros ou o bem que deixarmos de fazer, pesará nas nossas contas com Deus. (Mateus 25:35-45).

Considere:
1.   Pergunte a si mesmo como sua fé tem influenciado seu comportamento com o próximo menos favorecido ou assaltado pela vida.
2.   Ore ao Pai, clame para que sua vida seja como a vida misericordiosa do Samaritano da parábola.

Imagem da internet; Vídeo do youtube; www.bibliaonline.com.br

Um comentário:

  1. Muito bom Isidro, que busquemos essa essência tão necessária na vida religiosa de nossos dias! (Adilson)

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